STF decide se aceita denúncia contra Bolsonaro e aliados em julgamento crucial nesta terça
Julgamento da Primeira Turma do Supremo ocorre em três sessões, com início nesta terça-feira (25), às 9h30

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (25), às 9h30, um julgamento histórico para decidir se aceita a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados. Eles são apontados como integrantes do “núcleo crucial” de uma organização criminosa que teria tentado um golpe de Estado em 2022.
O que está em jogo?
O julgamento ocorre em três sessões até esta quarta-feira (26). As sessões estão marcadas para as 9h30 desta terça-feira, retomando às 14h, e novamente na quarta-feira, às 9h30. Caso a Primeira Turma aceite a denúncia, os acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal. Se rejeitada, a acusação será arquivada.
A segurança foi reforçada nos arredores do STF devido às proporções do caso, que tem grande repercussão política e jurídica.
Quem são os acusados?
A PGR indicou oito pessoas como parte do “núcleo crucial” da suposta trama golpista:
- Jair Bolsonaro: Ex-presidente, apontado como líder da organização criminosa.
- Alexandre Ramagem: Deputado federal e ex-diretor da Abin, acusado de disseminar ataques ao sistema eleitoral.
- Almir Garnier Santos: Ex-comandante da Marinha, teria manifestado apoio ao golpe em reuniões.
- Anderson Torres: Ex-ministro da Justiça, envolvido na elaboração de decretos para interferência no TSE.
- Augusto Heleno: Ex-ministro do GSI, acusado de planejar discursos contra as urnas e descumprimento de decisões judiciais.
- Mauro Cid: Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, acusado de participar da articulação do golpe.
- Paulo Sérgio Nogueira: Ex-ministro da Defesa, teria apoiado o golpe em reuniões sigilosas.
- Walter Braga Netto: Ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente, apontado como um dos coordenadores da suposta conspiração.
Crimes em discussão
Os denunciados são acusados de cinco crimes principais:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão);
- Golpe de Estado (4 a 12 anos de prisão);
- Organização criminosa (3 a 8 anos de prisão);
- Dano qualificado (6 meses a 3 anos de prisão).
Rito do julgamento
O processo seguirá o seguinte cronograma:
- Abertura da sessão pelo ministro Cristiano Zanin.
- Leitura do relatório por Alexandre de Moraes.
- Apresentação da PGR, com sustentação oral de 30 minutos.
- Defesa dos acusados, com 15 minutos para cada advogado.
- Votação das questões preliminares e do mérito pelos ministros da Primeira Turma.
Se a denúncia for aceita, inicia-se a fase de instrução processual, com coleta de provas e depoimentos. Caso avancem para condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Quem julga o caso?
A Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, será responsável pelo julgamento:
- Alexandre de Moraes (relator do caso);
- Cristiano Zanin (presidente da Turma);
- Luiz Fux;
- Flávio Dino;
- Cármen Lúcia.
Próximos julgamentos
Após o julgamento do “núcleo crucial”, haverá sessões para julgar outros grupos envolvidos na tentativa de golpe:
- Núcleo 2 (Gerenciamento de Ações): Com ex-integrantes da PRF e ex-assessores de Bolsonaro. Julgamento marcado para 29 e 30 de abril.
- Núcleo 3 (Ações Táticas): Inclui os “kids pretos”, militares ligados ao plano “Punhal Verde Amarelo”, acusado de planejar assassinatos de autoridades. Julgamento nos dias 8 e 9 de abril.
A decisão do STF sobre o “núcleo crucial” será fundamental para os desdobramentos do caso e poderá influenciar diretamente os próximos julgamentos.
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