Quem são os deputados pró-impeachment de Moraes investigados pelo STF
Parlamentares são investigados por atos antidemocráticos e fake news, enquanto pedem afastamento de ministro do STF
Um grupo de 13 deputados, todos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), protocolou no Senado um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os signatários estão parlamentares que já foram mencionados em inquéritos conduzidos pelo magistrado. Ao todo, 152 parlamentares da Câmara subscreveram o requerimento, apresentado na última terça-feira (10).
Entre os nomes mais conhecidos estão Alexandre Ramagem (RJ), Bia Kicis (DF) e Eduardo Bolsonaro (SP), todos do PL, partido de Bolsonaro. Esses deputados já foram alvo de investigações por parte de Moraes em processos que apuram atos antidemocráticos e disseminação de desinformação. O jornal Estadão procurou os 13 parlamentares, mas não obteve retorno.
No mês passado, uma reportagem da Folha de S.Paulo revelou que o gabinete de Moraes solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relatórios para fundamentar decisões contra os deputados Bia Kicis, Eduardo Bolsonaro, Filipe Barros, Marco Feliciano e Junio Amaral. Esses pedidos, feitos fora dos ritos processuais usuais, são apontados como um dos principais motivos para o pedido de impeachment.
Conversas vazadas entre o juiz auxiliar de Moraes no STF, Airton Vieira, e o ex-assessor do TSE Eduardo Tagliaferro indicam que a coleta de dados foi direcionada para encontrar publicações que propagavam notícias falsas sobre as eleições de 2022. “O Ministro pediu para verificar, o mais rápido possível, as redes sociais dos deputados bolsonaristas… Ele tem bastante pressa”, diz uma das mensagens trocadas entre os dois.
O deputado Luiz Phellipe de Órleans e Bragança começou a ser investigado em 2020, como parte do inquérito das fake news. Ele foi incluído na investigação por supostamente disseminar informações falsas e atacar o sistema eleitoral brasileiro.
Cinco dos 13 deputados visados por Alexandre de Moraes são alvos de investigações relacionadas aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. André Fernandes, Carlos Jordy, Eliézer Girão, Silvia Waiãpi e Zé Trovão estão sendo investigados por envolvimento na incitação de ataques aos prédios públicos em Brasília. Fernandes, por exemplo, convocou seus seguidores nas redes sociais a participarem do ato que culminou na depredação da Praça dos Três Poderes.
Silvia Waiãpi, por sua vez, divulgou vídeos dos ataques em suas redes sociais, onde afirmou que o “povo” estaria tomando o poder. Já Eliézer Girão é investigado por postagens feitas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, que supostamente incentivavam a hostilidade contra as instituições republicanas.
Zé Trovão está sob investigação por sua participação nas manifestações antidemocráticas de 7 de setembro de 2021, além de estar envolvido em um levante de caminhoneiros que tentou paralisar o país no mesmo ano.
Ramagem e Zambelli sob investigação por espionagem e hackers
Outro nome em destaque é o de Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é investigado por suposto uso da agência para espionar opositores políticos do ex-presidente Bolsonaro. As investigações da Polícia Federal apontam que a Abin monitorou ilegalmente ministros do STF, jornalistas e outras figuras públicas.
Carla Zambelli também está sendo investigada por envolvimento com o hacker Walter Delgatti Neto, a quem teria contratado para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir mandados de prisão falsos contra Moraes.
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