A deputada federal e presidente estadual do PSB, Lídice da Mata, rechaçou nesta sexta-feira (22), a possibilidade de anistia aos envolvidos em tramas golpistas, como os ataques de 8 de janeiro e o plano para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 2022. A deputada também revelou já ter assinado uma solicitação de devolução do projeto existente na Câmara dos Deputados.

“Não tem nenhuma hipótese de anistia. Inclusive, já assinei uma solicitação de extinção, de devolução do projeto, de um PL de anistia existente na Câmara dos Deputados. Não é possível falar nisso agora, num momento em que o Brasil se surpreende lamentavelmente, após termos realizado aqui o G20, um momento de grande vitória do governo do presidente Lula”, disse durante Encontro Estadual do PSB com prefeitos, prefeitas e vice eleitos em 2024.

Na avaliação de Lídice, é “decepcionante para os brasileiros” ver o envolvimento de militares das Forças Armadas na tentativa de golpe. “Nós fomos surpreendidos com uma notícia tão ruim, tão decepcionante para os brasileiros, que é ver, ou pelo menos tudo indica, que militares das Forças que deveriam estar defendendo a soberania do nosso país, envolvidos em golpes contra o presidente da República, contra ministros da Suprema Corte, contra até o vice-presidente da República, é inacreditável”, afirmou.

Ainda segundo a parlamentar, a prática não é uma “tradição” do Brasil, mas sim, uma “imitação mal feita dos Estados Unidos”. “Quem tem tradição no mundo de matar presidentes da República não é o Brasil. E é uma tradição infeliz, uma tradição nefasta, a história e a vida dos Estados Unidos, e que eu acho que esse povo imita tanto, o tempo inteiro imitando, que termina imitando aquilo que menos presta”, observou.

G20

Lídice também destacou a importância da realização do G20 no Rio de Janeiro, e enfatizou que, pela primeira vez, o país contou com a presença de 40 chefes de Estado, e ressaltou a atuação do presidente Lula para a assinatura do protocolo de combate à fome.

“As 20 maiores economias do mundo, estiveram aqui e estão, até ontem, participando de reunião, o presidente da China, o presidente dos Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo, além das outras que também estiveram aqui, discutindo não apenas o desenvolvimento econômico, mas também colocando na mesa dessas nações, liderados pelo presidente Lula, a discussão da pobreza, a discussão de combate à fome, um protocolo assinado por mais de 140 países, para que as economias se comprometam a trabalhar e a combater e a acabar com a fome no mundo. Claro que o objetivo é muito grande, mas os avanços serão fundamentais, ninguém consegue um objetivo tão largo sem dar os primeiros passos, e foi isso que o presidente Lula fez”, pontuou.

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