Haddad destaca impacto fiscal do pacote e defende necessidade de confiança entre poderes

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, na segunda-feira (9), que o pacote de medidas fiscais do governo pode gerar uma economia relevante, ajudando a melhorar as expectativas econômicas. Segundo ele, cálculos de instituições financeiras já começam a convergir com as projeções oficiais da Fazenda.

“Quem está fazendo contas sabe que as medidas vão na direção correta e não há um impacto pequeno, é um impacto importante que pode, sim, ajudar a ancorar as expectativas”, declarou Haddad, destacando que o foco das propostas é conter os gastos públicos e equilibrar as contas do governo.

Haddad também enfatizou a necessidade de colaboração entre os três poderes para estabilizar as finanças públicas e restaurar a confiança institucional. “Deve ser tarefa do governo também, mas tem que ser uma associação em torno dessa finalidade, passar confiança para as pessoas”, afirmou.

Avanços fiscais e reforma tributária

O ministro demonstrou otimismo em relação a pautas prioritárias no Congresso, como a reforma tributária e o acordo comercial com a União Europeia. Ele elogiou o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária, por apresentar um relatório bem recebido por diversos setores, mesmo enfrentando problemas de saúde.

“O que nós vamos compreender é o seguinte, nós temos uma chance de terminar o ano com coisas importantes. Firmamos o acordo com a União Europeia, temos condição de votar a reforma tributária. Depois de 40 anos de espera, podemos votar a reforma tributária finalmente”, disse Haddad.

Transparência fiscal e Perse

Haddad também defendeu a transparência na divulgação de benefícios fiscais, respondendo a críticas sobre empresas de parlamentares incluídas no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Ele reafirmou que a divulgação desses dados é uma exigência legal e que os cálculos realizados anteriormente estavam corretos.

“Nós estamos fazendo é dando publicidade, dando transparência a todos os benefícios fiscais, não importa a quem interessa. É uma obrigação legal agora, porque o Congresso aprovou uma lei pra que isso seja feito de forma transparente. A CGU também se somou agora à Receita Federal e organizou até de uma forma muito amigável as informações para que sejam, de fato, de fácil consulta. E o que é importante dizer sobre isso é que os cálculos da Receita estavam corretos”, concluiu Haddad.