Haddad defende qualificação de indicados ao Banco Central e destaca autonomia sob Lula: ‘Nunca interferiu’
Ministro mencionou que as principais instituições financeiras estão apresentando previsões mais favoráveis para a economia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou na quarta-feira (18) que os indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a diretoria do Banco Central possuem a qualificação técnica necessária para conduzir a autarquia. Questionado sobre a relação entre o governo e o Banco Central, Haddad afirmou que Lula “nunca interferiu” na instituição durante seus mandatos.
Haddad relembrou que nos dois primeiros mandatos de Lula, a autonomia do Banco Central foi preservada, com reconhecimento de figuras como Henrique Meirelles, ex-presidente do BC. “O que é importante é que o presidente Lula, em oito anos de mandato, nunca interferiu no Banco Central”, afirmou. Ele ressaltou que a confiança na capacidade técnica dos dirigentes é essencial para enfrentar momentos desafiadores.
Copom do Banco Central e impacto nos juros
Na quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25%, e indicou novos aumentos que podem levar a taxa a 14,25% em março. Essa projeção coloca os juros no maior patamar nominal desde 2016 e ocorrerá sob a gestão de Gabriel Galípolo, um dos novos indicados.
Indicados ao Banco Central aprovados no Senado
Haddad enfatizou que os nomes indicados pelo governo foram aprovados pelo Senado com ampla margem, o que comprova sua competência técnica. “Todos os indicados têm capacidade técnica para saber o que é melhor para o Brasil”, reforçou o ministro.
Dólar bate recorde
Nesta terça-feira (17), o dólar à vista iniciou em forte alta, alcançando o valor nominal recorde de R$ 6,20 no mercado à vista. O movimento foi revertido após declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, de que seriam votados ainda hoje a reforma tributária e o PLP 210, que compõe o pacote fiscal do governo federal.
Também durante a manhã, o Banco Central realizou um leilão extraordinário, vendendo US$ 1,272 bilhão a uma taxa de R$ 6,1005. Apesar da intervenção, a cotação chegou ao pico de R$ 6,2065 por volta de 12h16. No início da tarde, a autoridade monetária efetuou um novo leilão de US$ 2,015 bilhões, reduzindo o dólar para R$ 6,169 às 12h56.
Além das operações realizadas nesta terça-feira (17), o Banco Central já havia injetado US$ 2,468 bilhões no mercado entre sexta-feira (13) e segunda-feira (16). Ao longo das últimas cinco sessões, o total de dólares ofertados ultrapassa os US$ 12,7 bilhões, em uma tentativa de conter a volatilidade do câmbio.
Flutuação do câmbio e possíveis especulações
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou que, após uma série de fechamentos recordes, o dólar deve se acomodar em breve. De acordo com ele, o câmbio flutuante pode ser influenciado por incertezas econômicas e movimentos especulativos. “Neste momento em que as coisas estão pendentes, tem um clima de incerteza que faz o câmbio flutuar. Mas eu acredito que ele vai se acomodar”, afirmou Haddad ao deixar o ministério para um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Haddad também mencionou que as principais instituições financeiras estão apresentando previsões mais favoráveis para a economia em comparação aos operadores de mercado. “Até aqui, nas conversas com as grandes instituições, as previsões são melhores do que os especuladores estão fazendo”, declarou o ministro. Ele ressaltou que, embora o câmbio flutue, as instituições financeiras têm uma visão mais sólida do cenário econômico.
Desconfiança no mercado
O mercado financeiro segue cauteloso com as medidas do governo, especialmente no que diz respeito ao pacote fiscal enviado ao Congresso. O plano prevê uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos e R$ 375 bilhões até 2030. Contudo, analistas apontam que os cortes não atingem gastos estruturais, como os vinculados à Previdência, saúde e educação.
O aumento na procura por dólares em dezembro, período em que empresas multinacionais remetem recursos às matrizes, também contribuiu para a pressão cambial. Apesar das intervenções do Banco Central, o cenário de incertezas sobre a política fiscal brasileira limita os efeitos das operações.
Declarações de Arthur Lira
A virada no comportamento do dólar ocorreu também após Arthur Lira afirmar que a Câmara votaria ainda nesta terça-feira a reforma tributária e o PLP 210. A perspectiva de aprovação das medidas trouxe alívio momentâneo ao mercado, o que contribuiu para o recuo da moeda norte-americana.
Analistas também destacam que a resistência do governo em alterar despesas obrigatórias e promessas de campanha aumenta as dúvidas sobre a efetividade do pacote de ajuste fiscal. Especialistas alertam que as despesas obrigatórias tendem a crescer rapidamente, podendo anular o impacto do corte de gastos em pouco tempo.
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