Nesta segunda-feira (15), o presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou que os fatos divulgados sobre a “Abin Paralela” são extremamente graves. O esquema teria acontecido durante o governo Bolsonaro, onde opositores políticos, juízes e jornalistas foram espionados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de forma ilegal. O próprio Lira foi um dos alvos da espionagem.
“Tivemos acesso a informações, como todo brasileiro teve. Eu não tive acesso a nenhum tipo de auto de processo, de peça. Há muita conversa e versão. Lógico que os fatos não são suaves, nem são brandos, os fatos são graves” contou o deputado durante entrevista.
Sobre a possível cassação do mandato do deputado Alexandre Ramagem (PL), que foi um dos mentores, Lira afirmou que o Conselho de Ética não pode cassar o cargo de Romagem por situações anteriores a legislatura atual. “Portanto, a presidência da Casa não tem, nunca teve e jamais terá ingerência sobre resultados de votações, por mais que eu concorde ou discorde a respeito do Conselho” afirmou Lira.
O presidente da Câmara de Deputados reforçou ainda que cabe apenas aos órgãos dar prosseguimento na investigação de forma minuciosa, levantando as provas dos crimes e as motivações que levaram a tais atos. Lira acredita ainda que a Polícia Federal, a Abin, o Ministério Público e o STF já devam estar com investigações adiantadas.
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