Uma pesquisa realizada pela Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, revelou que mais da metade dos brasileiros (55%) pretende gastar até R$ 4 mil com despesas típicas do início do ano, como seguros, matrículas escolares e impostos, incluindo IPVA e IPTU. Esse valor ultrapassa em 21% a renda média nacional, que é de R$ 3.279, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e representa mais de duas vezes o salário-mínimo atual, fixado em R$ 1.518,00. As informações são da Agência Brasil.

Preparação financeira ainda é desafio para muitos brasileiros

Apesar dos altos valores envolvidos, apenas 59% dos entrevistados afirmaram ter se planejado financeiramente para arcar com essas despesas sazonais. O dado revela um desafio significativo para grande parte da população, que muitas vezes precisa recorrer a alternativas como crédito ou parcelamentos.

Dicas para equilibrar as contas de início de ano

Para ajudar os consumidores a gerenciar melhor suas finanças, os especialistas da Serasa recomendam a utilização de uma planilha financeira. Nela, os gastos devem ser categorizados em:

• Vitais: moradia, água, luz, transporte e alimentação.
• Importantes: academia e lazer.
• Anuais: matrículas escolares e impostos.
• Emergenciais: despesas inesperadas.
• Supérfluos: serviços como streaming e delivery.

Além disso, a Serasa disponibiliza em seu site uma tabela financeira gratuita para auxiliar no controle de gastos.

Planejamento é fundamental para evitar dívidas

Os especialistas destacam que a organização financeira é o principal recurso para evitar endividamentos desnecessários, especialmente em períodos que acumulam gastos tradicionais do início do ano. Anotar despesas, estabelecer prioridades e controlar gastos em categorias específicas são práticas essenciais para começar o ano com equilíbrio financeiro.

Levantamento do Serasa indica uso do 13º para dívidas

Levantamento anterior da empresa sobre intenção de uso do décimo terceiro indicou que 31% dos que se planejaram em relação aos gastos com essa fonte pretendiam usá-la para quitar dívidas. A projeção é de que 2 milhões de dívidas sejam quitadas com esses valores.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário extra injetou R$ 321,4 bilhões na economia em 2024. Em média, cada trabalhador recebeu cerca de R$ 3.096,78, somadas as duas parcelas.