Aladilce se declara parda, mas renuncia à cota do fundo eleitoral
Ao abrir mão do fundo eleitoral racial, Aladilce Souza reforça apoio às lutas por igualdade e sub-representação racial
Desde o início de sua trajetória política, há mais de duas décadas, a ex-vereadora Aladilce Souza (PCdoB) se identifica como parda, baseando-se na definição do IBGE, que classifica essa autodeclaração para indivíduos descendentes de uma mistura de raças, incluindo branca, negra e indígena.
No entanto, com a recente implementação da cota racial no fundo eleitoral, Aladilce decidiu manter essa identificação, mas optou por abrir mão da ajuda financeira relacionada, apresentando junto ao registro de sua candidatura uma carta renunciando ao benefício.
“Sou totalmente favorável a essa política afirmativa, criada justamente para reduzir a sub-representação racial na política. Nunca busquei protagonismo na luta antirracista, muito pelo contrário, sempre me coloquei como uma aliada de todas as horas. Mas me reservo o direito de continuar me autodeclarando parda, uma leitura social da minha composição familiar, sem usufruir de nenhum benefício financeiro ou político por isso. Sempre reconheci os privilégios de quem tem a pele clara, de quem nunca foi submetida a constrangimentos e agressões em decorrência de preconceito racial, e sempre me coloquei ao lado dos movimentos antirracistas, colocando meus mandatos a serviço das lutas por igualdade”, declarou.
Aladilce, que se destacou na Câmara de Salvador por sua atuação em favor do Estatuto Municipal da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa, relembrou as dificuldades enfrentadas durante a aprovação da medida, especialmente a oposição de uma bancada conservadora que tentava invisibilizar a luta do povo preto e das religiões de matriz africana.
Ela reafirmou sua defesa intransigente das políticas afirmativas, salientando a importância dessas medidas na política para corrigir a sub-representação racial, especialmente em uma cidade como Salvador, considerada a capital mais negra fora da África, e na Bahia, estado com a maior população indígena do Brasil.
“Sou ferrenha defensora das políticas afirmativas, sejam quais forem. No campo da política, elas devem reduzir e reparar a sub-representação racial, ainda mais em Salvador, a capital mais negra fora da África, e na Bahia, estado com mais indígenas do Brasil”, ressaltou Aladilce.
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