Uma das atrações mais esperadas da noite, o cantor Geraldo Azevedo foi o penúltimo artista a se apresentar neste domingo (24), no quarto e último dia do São João da Bahia, no Largo do Pelourinho, em Salvador. Em entrevista ao Portal M!, instantes antes do show, o forrozeiro criticou a recorrente inclusão de artistas de outros ritmos nos festejos juninos.
“A nossa tradição é fundamentada no Jackson do Pandeiro, no Luiz Gonzaga, no Dominguinhos e na gente que compõe música nordestina. Porque, na verdade, São João é uma festa de origem nordestina, onde se desenvolve essa cultura nordestina, que já é muito rica. Não precisa de outras culturas para complementar essa festa. Ela já comprovou, com mais de quase um século de existência, que a música nordestina é suficiente. Então, não sinto necessidade de músicas de outros lugares”, pontuou.
Assim como o forrozeiro, a cantora Elba Ramalho criticou, na última quinta-feira (20), durante seu show em João Pessoa (PB), a ausência cada vez mais do forró no São João do Nordeste. Como exemplo, ela citou a presença do DJ Alok em festas juninas na região.
Ainda em entrevista ao Portal M!, Geraldo Azevedo também defendeu que “não deveria se misturar cultura com política”. “Infelizmente, os prefeitos vêem os artistas na mídia e querem atrair mais público, para conseguir mais votos, essas coisas todas. A cultura do Brasil é algo de que devemos nos orgulhar em qualquer lugar que estejamos”, ressaltou.
Trajetória de sucesso
Com quase 50 anos de carreira, Geraldo já lançou 25 álbuns durante sua trajetória musical. O cantor é conhecido por sucessos como Dia branco, Táxi lunar e Dona da minha cabeça.
Geraldo também já fez trabalhos importantes com Zé Ramalho, Alceu Valença e Elba Ramalho, e traz nas suas músicas a união de ritmos como frevo, forró, xote, maracatu e baião. O artista também tem no seu currículo dois discos de ouro e um de platina, além de ter disputado o Grammy Latino.
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