O Projeto Movimento Urbano de Arte Livre (Mural) está em cartaz até este domingo (6) no Polo de Economia Criativa Doca 1, localizado no bairro do Comércio, em Salvador. A programação conta com feira de arte, oficinas, apresentações musicais, rodas de conversa e uma exposição documental que revisita edições anteriores do projeto.

Autoridades visitam o festival no primeiro dia

Na tarde da última sexta-feira (4), data de abertura do Festival de Arte Urbana, o espaço recebeu a visita da vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo (Secult), Ana Paula Matos, do presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, e do gerente de promoção cultural da FGM, George Vladimir.

Durante o evento, Ana Paula destacou a importância de ampliar iniciativas semelhantes ao projeto Mural. “Que tenhamos mais movimentos dessa arte de rua e que se continue investindo nos editais e na dinâmica desse ecossistema. Eu sou apaixonada pelo meu povo e é aqui na arte de rua, no contato com os artistas, no olhar cada vez mais apurado, mais sensível que estaremos trabalhando”, declarou.

Quarta edição do Mural traz mega painéis e oficinas criativas

Em sua quarta edição, o projeto apresenta quatro grandes murais, os chamados “penels”. O primeiro deles, finalizado em fevereiro, presta homenagem à biodiversidade da Amazônia Azul e foi elaborado por Calangoss, nome artístico de Éder Muniz. A obra já está aberta ao público nas proximidades do Doca 1. Os demais painéis ainda estão com os locais em definição.

Além das obras de arte, o evento oferece uma série de atividades formativas, incluindo oficinas de gravura, pintura em degradê, processos criativos, colagem e papel animado para crianças, stencil para estamparia, composição visual e macramê. A programação completa pode ser acompanhada através do perfil oficial no Instagram: @projeto.mural.

Espaço urbano se transforma em galeria a céu aberto

O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, avaliou que o projeto contribui para transformar o Comércio em um espaço de fruição artística acessível. “O que eu acho bacana desse projeto é que você não vai até a exposição, a exposição vai até você. Então, você estará casualmente em um lugar, na rua, e terá contato com uma obra de arte de uma forma surpreendente e imediata”, disse.

Além de destacar a beleza do evento, Guerreiro também ressaltou seu efeito terapêutico no dia a dia. “Normalmente o urbano é muito seco, muito concreto e a arte traz um descanso. A pessoa de alguma forma revitaliza a energia dela, sai um pouco do cotidiano das grandes cidades”, pontuou.

Visitantes destacam conexão com a arte

A massoterapeuta Aloha Lara, de 22 anos, visitou o evento na sexta-feira (5) com sua mãe e elogiou a proposta do festival. “Eu vi no jornal que estava acontecendo este Festival de Arte Urbana e pensei de imediato em vir. Estou achando tudo feito com muito carinho, tudo muito criativo, muito verdadeiro e muito dinâmico. Fiquei muito feliz e estou muito animada para participar das oficinas, porque é bom a gente se experimentar através da arte e se sentir inspirado”, relatou.

Ela também atua, em seu tempo livre, com pintura em tecido, mandala e pintura em parede.

Curadoria busca diversidade artística e diálogo com o público

A idealizadora e curadora do projeto, Vanessa Vieira, afirmou que a organização conseguiu reunir artistas com linguagens diversas para compor a programação de debates sobre temas como arte, moda, identidade, cultura e economia criativa.

“É um evento que é uma celebração do projeto Mural, reunindo essa cadeia produtiva das artes visuais daqui de Salvador, sendo um ponto de encontro para que as pessoas possam conhecer diversos artistas, diversas técnicas e linguagens”, afirmou.