Historiadora criticada após dança erótica em federal diz que será ministra da Educação

Caso ocorreu durante uma palestra na Universidade Federal do Maranhão

Redação 18/10/2024 17:34 • Coluna Ohh!

Historiadora criticada após dança erótica em federal diz que será ministra da Educação -

Reprodução / Instagram

A historiadora e artista piauiense Tertuliana Lustosa, vocalista da banda A Travestis, foi alvo de críticas após a divulgação de um vídeo polêmico que circulou nas redes sociais. O caso ocorreu durante uma palestra na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em que Lustosa expôs as nádegas como parte de uma performance artística. O fato gerou ampla repercussão na internet, suscitando debates sobre liberdade de expressão no ambiente acadêmico. A informação é do colunista Igor Gadelha, do site “Metrópoles”.

Em resposta às críticas, Lustosa usou suas redes sociais para ironizar a situação. A artista publicou um vídeo dançando de maiô e afirmou, de maneira provocativa: “Ainda serei ministra da Educação, bebê”. Na legenda do vídeo, ela escreveu: “Já que vocês pediram tanto um pronunciamento”.

Durante o vídeo, Lustosa provocou os críticos ao som de uma música, com trechos direcionados: “Para os fascistas que me odeiam, só um recadinho: eu ainda vou ser sua ministra da Educação, bebê”. A performance finalizou com a artista rebolando diante da câmera, em confronto às reações negativas.

A Universidade Federal do Maranhão se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, informando que está “averiguando o ocorrido e tomará as providências cabíveis”. No comunicado, a instituição afirmou que irá escutar todas as partes envolvidas e destacou seu compromisso com um ambiente acadêmico plural, respeitoso e inclusivo.

A palestra de Lustosa fazia parte da mesa-redonda intitulada “Dissidências de gênero e sexualidades”, promovida pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (GAEP). A UFMA destacou que a performance da artista foi considerada inadequada para o contexto do evento, pois não contribuía de forma construtiva para o debate acadêmico.

No posicionamento, a UFMA reforçou o valor da liberdade de expressão dentro da academia, mas destacou a necessidade de se preservar o respeito mútuo entre todos os membros da comunidade acadêmica. A instituição também reafirmou seu compromisso com um espaço harmônico, no qual o diálogo é fundamental para o desenvolvimento de ideias e teorias científicas.

A Universidade disse ainda que, como um espaço de múltiplas formas de conhecimento, reconhece a autonomia dos cursos para discutir diversos temas. No entanto, afirmou que não compactua com atitudes que possam desrespeitar os princípios e valores institucionais.

Ainda segundo a UFMA, todas as medidas adotadas pela instituição visam manter um ambiente acadêmico que promova a inclusão e o respeito à diversidade. Por fim, a UFMA reiterou sua “missão de construir uma sociedade mais justa e inclusiva, comprometida com a pluralidade de saberes e o fortalecimento do ensino público e gratuito”.