Com a chegada de 2025 e o Festival Virada Salvador encerrado, os vendedores ambulantes que trabalharam na arena O canto da cidade comemoraram o saldo positivo dos cinco dias de trabalho. Segundo eles, a renda extra de suas famílias foi garantida.

Renda extra para família

Durante os cinco dias de festa, homens e mulheres atuaram no festival, vendendo bebidas e comidas para o público do evento.

“Eu sou eletricista, mas sempre venho ao Festival Virada, porque tenho um propósito, e esse trabalho extra é que me ajuda a realizá-lo. O meu propósito é dar uma vida digna para a minha esposa e minha filha. Graças a Deus, já consegui comprar minha casa e agora planejo comprar um sítio para o nosso descanso. O lucro que tiramos daqui é muito bom, sem falar que nós trabalhamos nos divertindo. Aqui, para mim, é uma bênção”, destacou o eletricista Jorge Lobo, de 33 anos, que há oito atua como ambulante no festival.

Outro que destaca a importância do festival para a renda extra é Joselito Pereira, de 44 anos. Desempregado, ele afirma que o dinheiro conquistado durante os cinco dias da festa será essencial para poder manter suas despesas em dia. “É um trabalho essencial. Aqui, para mim, é uma salvação. Eu espero o ano todo para, nesta data, fazer o meu trabalho. Dá para tirar um pouco mais de um salário, graças a Deus. Com a renda, eu pago meu aluguel”, celebrou.

Licenciamento dos vendedores

O secretário municipal de Ordem Pública (Semop), Alexandre Tinoco, informou que 1.045 trabalhadores informais foram cadastrados para atuar no Festival Virada Salvador. Destes, 900 eram ambulantes de isopor, enquanto outros 145 atuaram como baleiros, baianas de acarajé e vendedores de food trucks.

Segundo Alysson Carvalho, diretor de serviços da Semop, todas as licenças foram selecionadas de forma virtual pela secretaria, que realizou entre setembro e outubro o cadastramento de todos os profissionais informais para todas as festas populares de fim de ano, incluindo o Festival Virada.

“Foram cinco dias intensos de vendas e, sem dúvidas, uma boa renda para começar bem o ano de 2025 para todos eles que trabalham no comércio informal. A preocupação da Prefeitura abrange desde a contratação dos grandes artistas para que a festa esteja sempre lotada até o trabalhador informal, oferecendo um ponto de hidratação, banheiros exclusivos, kit escovação e, junto ao patrocinador, cestas básicas. Enfim, é um grande trabalho pensando em todos os detalhes para que tenhamos sempre o maior e melhor festival do Brasil em todos os aspectos”, declarou Carvalho.

Qualificação para trabalho

Antes da realização do evento, os ambulantes, especialmente os que vendiam bebidas, passaram por um processo de qualificação com a Semop, que teve o apoio da Defensoria Pública, da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), além dos patrocinadores do evento.

Os ambulantes também receberam kits contendo bonés, coletes, isopor grande e pequeno, sombreiro, banco, kit higiênico e até cesta básica. Ações essas que visam profissionalizar o comércio informal e proporcionar condições de trabalho dignas para os vendedores.