Fim da escala 6×1 vai contra reforma trabalhista, diz presidente do Banco Central
Campos Neto disse que aumentar as obrigações dos empregadores não resultaria em mais direitos para os trabalhadores

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, criticou novamente o fim da escala de trabalho 6×1 (seis dias de trabalho e um de descanso semanal) nesta segunda-feira (18). Durante o evento ‘CEOs e C-Levels’, no Insper, ele afirmou que a medida, se aprovada, anularia os avanços promovidos pela reforma trabalhista, que, segundo ele, contribuiu para a redução do desemprego.
“O desemprego continua surpreendendo [positivamente], e creio que, em parte relevante, dado à reforma trabalhista. O projeto do 6×1 vai contra o que a gente produziu [na reforma trabalhista], que foi muito bom para o emprego no Brasil, e há evidências disso”, disse o economista.
Campos Neto disse que aumentar as obrigações dos empregadores não resultaria em mais direitos para os trabalhadores. “Não é colocando mais deveres para os empregadores que você vai dar mais direitos aos trabalhadores”, afirmou.
A proposta de alterar a jornada de trabalho, que gerou a reação do presidente do BC, foi apresentada recentemente pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que defende uma mudança na Constituição para estabelecer a nova escala.
O presidente do Banco Central também expressou preocupação sobre o impacto dessa proposta na economia. Segundo ele, a adoção da escala 6×1 prejudicaria a produtividade e aumentaria o custo da mão de obra.
“O projeto do 6 por 1 é bastante prejudicial para o trabalhador, porque vai aumentar o custo do trabalho e elevar a informalidade”, afirmou. Ele ressaltou que isso poderia afetar diretamente a produtividade do mercado de trabalho no Brasil.
Além das críticas à reforma trabalhista, Campos Neto abordou também temas econômicos mais amplos, como a política monetária e o risco fiscal. Ele reiterou sua posição contrária a qualquer alteração na meta de inflação, defendendo que a meta de 2% a 3% ao ano é adotada pela maioria dos países e que mudanças nesse sentido não trariam mais liberdade na condução das políticas econômicas.
O presidente do Banco Central destacou ainda que as decisões sobre a taxa de juros são impactadas pela percepção de risco fiscal, o que, segundo ele, tem elevado os juros futuros e, consequentemente, a inflação. Ele fez questão de enfatizar que o controle da inflação, tarefa atribuída ao Banco Central, está diretamente ligado a essas flutuações nos juros e ao risco fiscal.
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