Chapada Diamantina: Café baiano conquista reconhecimento nacional inédito

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) publicou o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na espécie Denominação de Origem (DO), para a região da Chapada Diamantina como produtora de café. Este é o primeiro DO do estado e coloca a Bahia em destaque, mais uma vez, no quesito produção de café. A publicação pode ser conferida na Revista da Propriedade Industrial (RPI).

Foram avaliados os fatores ambientes e humanos para reconhecer a qualidade do café na Chapada. Aspectos como a acidez cítrica, a nota adocicada, as notas de nozes e chocolate, além de final prolongado, são levados em consideração para valorizar o produto cultivado em 24 municípios da região.

O estudo “Café da Chapada Diamantina, Bahia: qualidade da bebida e relações com o meio ambiente”, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), serviu como base para o reconhecimento de Indicação Geográfica. Isso porque o material destaca algumas variáveis que influenciam na qualidade da bebida, como a altitude, a temperatura e a orientação da encosta em que o cafezal se desenvolve, sendo todo o processo feito de forma manual para imprimir um sabor diferenciado.

Além disso, um estudo sob condução da Universidade Federal da Bahia (UFBA) mostrou que a análise química das amostras contém um perfil característico que distingue a produção de café na Chapada Diamantina. Segundo a pesquisa, maiores teores de ácidos orgânicos, clorogênicos e, principalmente, de lipídeos são responsáveis por proporcionar uma bebida mais encorpada do que em outras regiões da Bahia e do Brasil.