Primeiras três reféns são libertadas pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos
Doron Steinbrecher, Emily Damari e Romi Gonen foram entregues à Cruz Vermelha
As três primeiras reféns foram libertadas neste domingo (19) pelo Hamas como parte de um acordo de cessar-fogo mediado internacionalmente. Doron Steinbrecher, Emily Damari e Romi Gonen foram entregues à Cruz Vermelha por volta das 17h10 (12h10 em Brasília). Após serem transportadas a uma base militar em Gaza, seguiram para Israel.
Acordo de cessar-fogo
O acordo prevê a libertação de 90 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e menores de idade, em troca dos reféns. Nas redes sociais, forças de Defesa de Israel confirmaram que as três reféns já estão em território israelense.
“Mantidas reféns por 471 dias, Romi Gonen, Emily Damari e Doron SteinBrecher retornarem para Israel como parte do trabalho em andamento para soltar os reféns“, diz a publicação.
They’re home. 💛 pic.twitter.com/PHkJ3yZLrV
— Israel Defense Forces (@IDF) January 19, 2025
Equipes da Cruz Vermelha iniciaram o resgate às 15h30 (10h30), viajando para encontrar as reféns. Imagens transmitidas ao vivo mostraram reféns sendo acompanhadas por homens armados.
“As três reféns libertadas estão sendo acompanhadas por forças especiais do IDF e do ISA em seu retorno ao território israelense, onde passarão por uma avaliação médica inicial”, informou a Embaixada de Israel em Brasília.
Secretário-geral da ONU celebra
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, celebrou o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Ele ressaltou que o acordo deve remover os obstáculos e promover segurança para a entrega de ajuda humanitária.
“Estamos prontos para apoiar esta implementação e ampliar a entrega de ajuda humanitária aos inúmeros palestinos que continuam sofrendo“, escreveu ele em uma publicação no X.
Transferência de prisioneiros palestinos
Durante a tarde, o Serviço Prisional de Israel começou a transferir os prisioneiros palestinos envolvidos no acordo. Eles foram levados para a Prisão de Ofer, localizada ao norte de Jerusalém. Segundo o jornal israelense Haaretz, o processo envolveu verificações de identidade e coordenação com a Cruz Vermelha para o transporte dos libertados.
A libertação foi celebrada por centenas de pessoas na Praça dos Reféns, em Tel Aviv. Telões exibiram ao vivo o momento da transferência. Familiares e apoiadores comemoraram a confirmação oficial da soltura das reféns. O evento marca a primeira libertação desde que o acordo foi firmado entre Israel e Hamas.
Joe Biden e negociações
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou o cessar-fogo e a libertação das mulheres. “Depois de tanta dor, morte e vidas perdidas, hoje as armas em Gaza estão em silêncio”, afirmou.
Donald Trump também comemorou o fato. “Reféns começando a ser libertados hoje! Três maravilhosas jovens mulheres serão as primeiras”, escreveu ele em uma rede social.
Reféns libertadas
Entre as libertadas está Romi Gonen, de 24 anos, capturada no ataque à festa rave Supernova em 7 de outubro de 2023. Emily Damari, de 28 anos, foi sequestrada no kibutz Kfar Aza, enquanto Doron Steinbrecher, de 31 anos, foi levada no mesmo local. Relatos de familiares e testemunhas destacam os momentos de desespero vividos antes do sequestro.
O início do cessar-fogo foi adiado devido à demora do Hamas em divulgar a lista de reféns. Às 11h15 (6h15 em Brasília), autoridades israelenses confirmaram o recebimento dos nomes. O Hamas justificou o atraso citando “complicações no terreno e a continuação dos bombardeios”.
Impactos do cessar-fogo em Gaza
Mesmo com o cessar-fogo, ataques foram registrados na manhã de domingo. A Defesa Civil de Gaza, administrada pelo Hamas, informou que 19 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. O acordo atual tenta interromper temporariamente os conflitos que se intensificaram desde outubro.
O plano prevê a libertação gradual de 33 reféns em seis semanas. No primeiro dia, três reféns foram soltos. Nas semanas seguintes, pequenos grupos devem ser libertados, totalizando 33 pessoas na primeira fase. A troca ocorre em paralelo à libertação de prisioneiros palestinos.
Desde os ataques de 7 de outubro, 96 reféns permanecem sob custódia do Hamas. Desses, 157 foram resgatados em novembro. Segundo o Haaretz, pelo menos 36 reféns estão mortos, enquanto negociações continuam para as próximas fases do acordo.
Protestos por respostas do governo
Manifestantes em Tel Aviv continuam pressionando o governo israelense por ações mais rápidas. Protestos em frente ao Ministério da Defesa destacaram a lentidão nas negociações. “Libertem nossos reféns!” foi a mensagem predominante durante os atos.
O plano inicial, apresentado pelos EUA em maio, define critérios para troca de reféns. Mulheres, menores de idade e outros grupos vulneráveis são priorizados. Cada refém é trocado por dezenas de prisioneiros palestinos, dependendo de suas categorias.
As negociações para novas etapas devem começar no 16º dia após o início do acordo. Apesar disso, analistas destacam a incerteza de cumprimento das fases posteriores, considerando a volatilidade do conflito e as condições impostas pelas partes envolvidas.
Israel anunciou protocolos especiais para receber os reféns. Alojamentos isolados, alimentação diferenciada e suporte psicológico foram preparados. Autoridades locais reforçaram a importância de respeitar a privacidade dos libertados.
Cessar-fogo entre Israel e Hamas entra em vigor
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas, previsto para começar à 1h30 (horário de Brasília), começou neste domingo (19) quase três horas depois do esperado. A trégua, que visa interromper o conflito de 15 meses na Faixa de Gaza, iniciou às 6h15, após um atraso na entrega da lista de reféns a serem libertados. O Hamas justificou a demora alegando “motivos técnicos” e assegurou seu compromisso com o acordo. A liberação dos reféns deve ocorrer ainda nesta manhã.
Acordo em fases
O acordo de cessar-fogo, mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, é a segunda trégua no conflito e prevê três fases. A primeira fase, com duração de 42 dias, contempla a liberação de 33 reféns israelenses pelo Hamas, incluindo mulheres, crianças, soldados e idosos. Em contrapartida, Israel se comprometeu a libertar até 737 prisioneiros palestinos, com base na proporção de reféns civis e militares.
O governo israelense, liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu, aprovou o acordo após uma reunião extensa na madrugada de sábado (18), ultrapassando o início do Sabbat. Além da troca de reféns, o acordo visa aliviar a crise humanitária em Gaza, com a entrada de cerca de 600 caminhões de ajuda humanitária por dia. O retorno dos civis deslocados e a suspensão das atividades militares em áreas densamente povoadas também fazem parte das condições da primeira fase.
Na segunda fase, as negociações terão início após 16 dias de cessar-fogo, com o objetivo de declarar “cessação permanente das hostilidades“. O Hamas deverá liberar o restante dos reféns em troca de mais prisioneiros palestinos. A terceira fase se concentrará na entrega dos corpos dos reféns mortos e na reconstrução da Faixa de Gaza. As estimativas indicam que a recuperação completa da região pode levar mais de 350 anos devido aos danos causados pelos bombardeios israelenses.
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