G7 rejeita posse de Nicolás Maduro e denuncia falta de legitimidade no processo eleitoral
Nota conjunta destaca repressão a opositores e exílio de candidato vencedor na Venezuela

Os chanceleres dos países que compõem o G7 emitiram uma nota oficial condenando a posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. O documento denuncia a ausência de legitimidade no processo eleitoral de julho de 2024, apontando repressão a opositores e violação dos princípios democráticos.
De acordo com o G7, o regime de Maduro exerce uma “pressão contínua e repressiva sobre o poder, em detrimento da vontade popular”. A declaração destaca que Edmundo González Urrutia, apontado por fontes independentes como o verdadeiro vencedor das eleições, foi forçado ao exílio após os resultados. A líder opositora María Corina Machado também é mencionada como alvo de perseguições.
Brasil manifesta preocupação com violações de direitos
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro, em nota oficial, expressou preocupação com os recentes episódios de repressão política na Venezuela. O Itamaraty reconheceu avanços pontuais, como a liberação de detidos e a reabertura do escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU em Caracas, mas condenou prisões, ameaças e perseguições a opositores.
Importância de garantir direitos democráticos
Na visão do governo brasileiro, a democracia plena exige a garantia de direitos fundamentais, como liberdade de expressão, integridade física e mobilidade para os líderes da oposição. O Brasil conclamou as forças políticas venezuelanas a dialogarem e a respeitarem os direitos humanos como base para resolver as tensões internas.
PT e MST marcam presença na posse de Maduro
Apesar das críticas ao pleito e às acusações de fraude, representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participaram da cerimônia de posse de Nicolás Maduro, realizada em Caracas na última sexta-feira (10). A comitiva do PT incluiu figuras de destaque, como o historiador Valter Pomar e a psicóloga Monica Valente. Ambos também ocupam posições no Foro de São Paulo, organização que promove o diálogo entre partidos de esquerda na América Latina.
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha optado por não enviar representantes de alto escalão, o Brasil foi representado formalmente pela embaixadora Gilvânia Maria de Oliveira. Essa postura estratégica reflete o esforço do governo brasileiro em equilibrar sua posição diplomática: criticar a legitimidade das eleições venezuelanas sem romper completamente os canais institucionais.
Movimentos populares reforçam apoio a Maduro
O MST, que enviou cinco representantes à cerimônia, demonstrou apoio público ao regime chavista. Durante sua estadia em Caracas, o grupo participou de eventos como o “Festival Mundial Internacional Antifascista” e manifestações pró-Maduro, reforçando o alinhamento ideológico.
Repercussão nacional e internacional: críticas e pressões
A posse de Maduro foi alvo de críticas tanto no Brasil quanto em outros países. O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin (PSB), classificou o evento como “lamentável” e reiterou a necessidade de fortalecer a democracia na região.
No cenário internacional, o G7 reafirmou seu compromisso de apoiar o povo venezuelano na luta por uma transição pacífica de poder e pelo fortalecimento democrático. “A repressão e as práticas autoritárias são incompatíveis com os valores que defendemos”, destacou o grupo.
Impasses sobre divulgação de resultados eleitorais e futuro incerto
A relutância de Maduro em divulgar as atas eleitorais gerou desconfiança global. Líderes internacionais, incluindo o presidente Lula, solicitaram maior transparência no pleito, mas não obtiveram respostas satisfatórias.
A posse de Nicolás Maduro, cercada de tensões políticas e acusações de fraude, reflete a complexa crise democrática enfrentada pela Venezuela. Enquanto o G7, o Brasil e outros atores internacionais pressionam por maior transparência e respeito aos direitos humanos, movimentos pró-Maduro continuam a legitimar o regime.
A busca por soluções pacíficas e democráticas exige um esforço conjunto entre a comunidade internacional e as lideranças locais, visando garantir a estabilidade política e o bem-estar da população venezuelana.
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