Steve Bannon compara Moraes a juízes nazistas, critica Lula e lança Eduardo Bolsonaro a presidente
Ex-assessor de Trump afirmou que deputado federal Eduardo Bolsonaro tem potencial para se tornar presidente do Brasil em ‘futuro não tão distante’

O estrategista político norte-americano Steve Bannon fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o comparando a juízes nazistas da década de 1930. Em entrevista concedida no domingo (19) a um canal brasileiro no YouTube, ele afirmou que as eleições presidenciais de 2026 no Brasil serão “as mais importantes do mundo” e defendeu o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder.
Além disso, o ex-assessor de Donald Trump declarou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem potencial para se tornar presidente do Brasil em um “futuro não tão distante”.
Ex-assessor de Trump não poupa críticas a Moraes
Bannon não poupou acusações contra Moraes, que classificou como um “radical”. “Ele é como um juiz nazista dos anos 1930. Ele eventualmente precisa ser removido do cargo. Sua justiça é mais corrupta que a de Lula. Talvez ele seja uma das pessoas mais corruptas e demoníacas do mundo. Por isso, é tão importante que o povo brasileiro vença em 2026 e restaure Bolsonaro na Presidência”, afirmou.
As declarações foram dadas durante um almoço organizado pelo próprio Bannon, que contou com a participação de membros de uma comitiva de parlamentares brasileiros de direita nos Estados Unidos, entre eles dois baianos: os deputados federal Capitão Alden e estadual Leandro de Jesus (ambos do PL). Eles estão no país para acompanhar a posse de Donald Trump, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (20).
Defesa de Bolsonaro e críticas a Lula
Durante a entrevista, Bannon reforçou sua posição de apoio a Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e alegou que existe uma comunidade internacional disposta a ajudar o Brasil. “Mais de 2 mil pessoas querem ver Bolsonaro hoje. Todos querem vir aqui para ver o presidente Bolsonaro”, completou.
O ex-estrategista da Casa Branca também fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando-o de “corrupção” e de “vender a Amazônia” ao Partido Comunista Chinês. “Ele está traindo os brasileiros agora mesmo”, disse.
Bannon ainda comentou a decisão de Moraes de negar a devolução do passaporte de Bolsonaro, que está apreendido desde fevereiro de 2024 no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga a suposta participação do ex-presidente em uma tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Trajetória e conexões com o Brasil
Steve Bannon é uma figura central no cenário da extrema direita global. Ele foi um dos principais arquitetos da campanha presidencial de Donald Trump em 2016 e ocupou o cargo de estrategista-chefe da Casa Branca em 2017. Ao longo dos anos, Bannon passou a apoiar líderes de extrema direita, como Viktor Orbán, na Hungria, e a família Bolsonaro, no Brasil.
A relação de Bannon com o clã Bolsonaro é de longa data. Ele já foi descrito pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como um “ícone do combate ao marxismo cultural”. Em 2023, usou suas redes sociais para incentivar os atos golpistas em Brasília, chamando os invasores de “lutadores da liberdade” e disseminando desinformação sobre as eleições brasileiras.
Bannon também foi condenado, em 2024, a quatro meses de prisão por obstruir investigações relacionadas ao ataque ao Capitólio dos EUA, ocorrido em 6 de janeiro de 2021. Após cumprir a pena, ele foi libertado em outubro de 2024.
STF não se posiciona sobre declarações
O Supremo Tribunal Federal foi procurado para comentar as acusações de Bannon, mas não havia emitido resposta até o fechamento desta matéria. Enquanto isso, o estrategista norte-americano segue defendendo a importância das eleições brasileiras de 2026 no cenário global, ao mesmo tempo em que amplifica suas críticas ao sistema judiciário e à liderança política do país.
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