Queda de ponte no Tocantins: PF usa drones subaquáticos e investiga responsabilidades

A Polícia Federal (PF) iniciou uma operação com drones subaquáticos para localizar vítimas e veículos submersos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta o Maranhão ao Tocantins. O trabalho está sendo coordenado pelo Núcleo de Polícia Marítima da PF, que realiza uma varredura minuciosa no Rio Tocantins.

Uma equipe multidisciplinar, composta por cinco peritos do Instituto Nacional de Criminalística, incluindo dois engenheiros civis, dois especialistas em local de crime e um especialista em meio ambiente, chegou ao local na quarta-feira (25) para elaboração de pelo menos três laudos técnicos.

Na terça-feira (24), a PF instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades pelo desabamento da ponte, ocorrido no último domingo (22). A investigação será conduzida pelas Superintendências da PF no Maranhão e no Tocantins, que possuem jurisdição sobre a área.

Detalhes da queda de ponte e suas consequências

A ponte, construída na década de 1960, possui 533 m de extensão e integra o corredor rodoviário Belém-Brasília, ligando as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) pela BR-226. O vão central da estrutura desabou, causando a queda de dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas, no Rio Tocantins.

Quatro pessoas morreram e 13 continuam desaparecidas (11 adultos e duas crianças). Entre os veículos submersos, há três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto altamente corrosivo.

Impactos ambientais e medidas emergenciais

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) revelou que, apesar de haver um contrato de manutenção em vigor até julho de 2026, a tentativa de contratação de uma empresa para realizar obras de recuperação fracassou em maio deste ano, mesmo após o lançamento de um edital no valor de R$ 13 milhões.

Além disso, o governo do Maranhão recomendou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo Rio Tocantins, localizados abaixo do ponto de desabamento, até que a pluma de contaminantes seja diluída.

O DNIT informou que as obras de reconstrução da ponte estão previstas para serem concluídas até 2025, com um investimento estimado entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, provenientes do Governo Federal.

Causas da queda de ponte e rotas alternativas

A ponte foi completamente interditada, e os motoristas devem utilizar rotas alternativas recomendadas pelo DNIT:

• De Darcinópolis/TO a Luzinópolis/TO, seguindo pela BR-230/TO até São Bento/TO, e depois em direção a Axixá/TO e Imperatriz/MA.
• De Estreito/MA pela BR-226/MA até Porto Franco/MA, seguindo pela BR-010/MA até Imperatriz/MA.

A Polícia Federal, em nota, destacou:

“A Polícia Federal destaca a importância de apurar as causas do acidente e os danos ambientais decorrentes, assegurando a responsabilidade dos envolvidos e contribuindo para a segurança e proteção da população e do meio ambiente.”