PF indicia mais três militares que participaram do plano golpista ligado a Bolsonaro
Relatório complementar com os três novos nomes foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal
Mais três pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (11) no inquérito que apura o plano de golpe de Estado, que tinha o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. Os novos envolvidos são Aparecido Andrade Portella, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo, todos militares. As informações são da Agência Brasil.
A PF já havia indiciado 37 pessoas no mesmo inquérito, incluindo o ex-presidente e o general Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de 2022. O relatório complementar com os três novos nomes foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Próximos passos
Os indiciamentos estão sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). O procurador-geral Paulo Gonet deve apresentar as denúncias ao STF em fevereiro, incluindo os nomes considerados culpados.
Financiamento de manifestações
Aparecido Andrade Portella, suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS) e militar da reserva, é apontado como intermediário entre financiadores de atos antidemocráticos e o governo Bolsonaro. Segundo a PF, Portella visitou o Palácio da Alvorada ao menos 13 vezes em dezembro de 2022 e utilizava o codinome “churrasco” em mensagens que mencionavam a “ruptura institucional”.
De acordo com as investigações, ele arrecadou recursos e sugeriu estratégias para os movimentos. Em mensagens trocadas com Mauro Cid, mostrou preocupação em evitar ser identificado como organizador dos atos de 8 de janeiro de 2023. Portella exerceu o direito ao silêncio durante depoimento.
Relatório manipulado
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército, é acusado de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral. Ele apresentou um hacker à PF para tentar formalizar denúncias falsas contra urnas eletrônicas e manipulou relatórios das Forças Armadas, alinhando-os com informações falsas divulgadas pelo argentino Fernando Cerimedo.
Vieira também teria compartilhado informações sobre o deslocamento do ministro Gilmar Mendes e participou da elaboração de documentos que incluíam estratégias golpistas. Ele permaneceu em silêncio em depoimento, enquanto a PF identificou evidências de seu envolvimento.
Tentativa de assassinato
Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército e membro do Comando de Operações Especiais (Copesp), é acusado de integrar o plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes. Dados telefônicos mostram que dispositivos associados a Azevedo estavam próximos à sua residência em Goiânia após a data da tentativa de assassinato.
Azevedo utilizava celulares anonimizados para missões sigilosas. Ele admitiu o uso de um dispositivo encontrado no Copesp, mas negou envolvimento com ações criminosas. A PF, no entanto, identificou ligações com contas bancárias fraudulentas, reforçando sua conexão com o plano golpista.
A PF segue encaminhando evidências para o STF, que avaliará o processo com base nas denúncias da PGR. As investigações buscam consolidar o papel de cada envolvido na trama. O inquérito evidencia a atuação coordenada de militares e civis no plano de golpe de Estado, incluindo financiamento, manipulação de informações e tentativa de assassinato.
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