Valdemar Costa Neto afirma apoio à PEC da Anistia na sucessão das Casas do Congresso

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou nesta quinta-feira (17), que o partido vai apoiar, na sucessão à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, candidatos que assumam compromisso com a PEC da Anistia.

“Não tenha dúvida disso”, disse Valdemar em entrevista à CNN Brasil, ao ser questionado se o PL apoiaria nomes favoráveis à PEC da Anistia na disputa pela liderança das duas Casas do Congresso. “Mas esse é um assunto difícil, porque ele candidato vai assumir que apoia a PEC, agora nós temos que convencer na Câmara os deputados a votarem”, acrescentou. Durante a conversa, o ex-deputado não só reafirmou o apoio à PEC, mas também mencionou a possibilidade de os futuros presidentes da Câmara e do Senado incluírem o ex-presidente Jair Bolsonaro no texto da proposta.

Valdemar Costa Neto também expressou confiança de que a inelegibilidade de Bolsonaro será revertida, fazendo uma analogia com o retorno político de Luiz Inácio Lula da Silva, que surpreendeu ao disputar novamente a presidência da República. “Vamos lutar para incluir Bolsonaro” na PEC da Anistia, afirmou. Segundo ele, tornar Bolsonaro elegível novamente seria mais “fácil” através de uma solução pelo Congresso do que pelo Judiciário, embora também veja essa última como uma alternativa viável.

Anistia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a anistia para os presos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Naquele dia, em 2023, manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais invadiram e vandalizaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília.

Os ataques atingiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, resultando em destruição de patrimônio público e sendo caracterizados como uma tentativa de golpe de Estado. As ações levaram a centenas de prisões e investigações.

Bolsonaro, por sua vez, compartilhou um vídeo em que uma mulher conta que seu marido deixou o país para evitar a prisão por envolvimento nos ataques e que ela está sozinha cuidando dos seis filhos do casal, além de mencionar que a Justiça bloqueou parte dos bens da família.