Rodrigo Pereira entra na disputa pela presidência do PT-BA e critica gestão de Éden Valadares
Militante defende maior autonomia do partido e fortalecimento da base popular

O Processo de Eleição Direta (PED) para a presidência do PT na Bahia ganha mais um nome na disputa. Rodrigo Pereira, de 39 anos, oficializou, nesta última quarta-feira (2), sua candidatura, tornando-se o quarto concorrente ao cargo no pleito que acontecerá em 6 de julho para renovar as direções municipal, estadual e nacional do partido. Antes dele, já haviam sido anunciadas as candidaturas de Edízio Nunes, Liu Durães e Petra Perón. O militante é conhecido por sua postura crítica à gestão do atual presidente, Éden Valadares, que não pretende concorrer a reeleição após 6 anos à frente da sigla.
Segundo Pereira, o lançamento da sua candidatura reforça seu compromisso com a organização popular e a independência da sigla em relação aos governos petistas. Para ele, o PT precisa estar mais conectado com a classe trabalhadora e os movimentos sociais e não apenas ser mobilizado em períodos eleitorais.
Críticas à gestão de Éden Valadares
Rodrigo Pereira tem se posicionado como um ferrenho opositor da atual direção do PT baiano. Em entrevista recente ao Política Livre, ele afirmou que Éden Valadares atua mais como assessor do senador Jaques Wagner (PT) do que como dirigente partidário. O petista já foi seu chefe-de-gabinete no Senado.
“O partido precisa ter relação cotidiana com os sindicatos e os movimentos sociais. É preciso devolver o partido para a militância. O atual presidente é mais assessor do senador do que presidente do partido”.
O militante defende que a sigla retome suas raízes populares e amplie sua participação em mobilizações sociais. Segundo ele, o partido deve estar enraizado no cotidiano da classe trabalhadora, organizando e impulsionando lutas que vão além das pautas institucionais.
Propostas para PT da Bahia
No anúncio de sua candidatura, Pereira declarou que pretende reconstruir um partido mais democrático e participativo, voltado para a organização da classe trabalhadora e fortalecimento das bases sociais. “O conjunto da militância quer um partido com ‘Pê maiúsculo’, que estimule a mobilização, a organização e a emancipação política para combater todas as formas de opressão do sistema capitalista”, afirmou Pereira.
Segundo ele, o PT não pode estar refém dos interesses governamentais, devendo atuar de maneira independente para garantir intervenções mais eficazes no Executivo e no Legislativo. Para Rodrigo, isso significa fortalecer os diálogos com movimentos sindicais, organizações populares e demais setores progressistas da sociedade.
Trajetória no partido e movimentos sociais
Rodrigo Pereira tem uma longa trajetória de militância dentro do PT e em movimentos sociais. Filiado à sigla desde 2003, ele tem forte atuação junto à Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) e à Central de Movimentos Populares (CMP).
Entre os momentos mais marcantes de sua trajetória, destacam-se:
- Participação na Revolta do Buzú (2003), movimento estudantil contra o aumento das tarifas de ônibus em Salvador.
- Primeiro secretário de Juventude do PT de Salvador, cargo em que atuou para ampliar a participação dos jovens na política.
- Candidato à Prefeitura de Salvador em 2020, defendendo pautas ligadas à habitação, transporte público e direitos sociais.
Éden Valadares anuncia saída e defende renovação no PT da Bahia
O presidente estadual do PT na Bahia, Éden Valadares, confirmou que não disputará a reeleição para o comando do diretório em 2025. Após 6 anos à frente da sigla, ele destacou a importância da renovação partidária e afirmou que sua permanência no cargo por um novo mandato poderia significar dez anos na presidência, algo que considera excessivo.
Segundo Valadares sua gestão contribuiu para o fortalecimento da democracia interna, maior participação da militância e mais transparência nas finanças do partido. Além disso, ressaltou a necessidade de atualizar as formas de comunicação do PT para ampliar sua relação com a sociedade. Segundo ele, a renovação política dentro da legenda ocorre por meio da participação democrática, ao contrário do que acontece em partidos de direita, onde há sucessões de caráter “hereditário”.
Ao comentar sua trajetória, Valadares destacou o aprendizado com políticos históricos do PT, como Zezéu Ribeiro e Jaques Wagner, e disse que “na política, não se pode ter apego aos cargos”. Para ele, sua saída é parte natural do processo de renovação do partido, que agora se prepara para definir novos rumos e lideranças.
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