Lula afirma que democracia vive seu momento ‘mais crítico’ desde a guerra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (24), em Nova York, que a democracia enfrenta seu momento mais crítico desde a Segunda Guerra Mundial. A declaração foi feita durante um evento promovido com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, para debater o tema.

Figuras importantes, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, não compareceram. A reunião ocorre paralelamente à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula ressaltou que novos encontros semelhantes serão necessários.

O presidente brasileiro destacou que a democracia está perdendo terreno e que é urgente discutir as causas. “Em vários países do mundo, a democracia corre riscos extremos. Corre risco não na disputa democrática, corre risco por um extremismo negacionista, de negação das instituições, negação dos valores organizativos da sociedade, negacionismo que não reconhece sindicato, que não reconhece organização social e que se utiliza das redes sociais como forma de vender, como se fossem verdadeiros vândalos, as fake news. Disseminando mentiras, disseminando boatos, disseminando ódio na sociedade”, disse o petista.

Ele afirmou que, no Brasil e nos EUA, “forças totalitárias” tentaram desafiar os resultados eleitorais. Também comentou que, na América Latina, as notícias falsas comprometem os processos eleitorais. Além disso, mencionou o impacto do racismo e da xenofobia na diversidade da Europa e os golpes de Estado na África.

Lula concluiu dizendo que é um desafio global entender por que a democracia se tornou “alvo fácil da extrema direita”. Ele afirmou que o extremismo reflete uma crise profunda com várias causas.

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