Arthur Maia diz que federação PP e União Brasil ‘está bem encaminhada’ e defende presidência de ACM Neto

O deputado federal Arthur Maia (União Brasil) afirmou, nesta quinta-feira (20), que a federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP) está avançando e deve ser oficializada em breve. Em entrevista ao Classe Política, Maia ressaltou que as negociações em Brasília têm progredido positivamente e defendeu que, na Bahia, a liderança da federação deve ser assumida pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB).

“A federação está muito bem encaminhada. Esta semana, em Brasília, conversei com várias lideranças do meu partido e do PP, como o senador Ciro Nogueira, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e com ACM Neto“, disse o deputado.

O deputado também falou sobre o processo escolha do presidente estadual da federação, e enfatizou que será seguido um critério de proporcionalidade, considerando a quantidade de deputados federais de cada sigla.

No momento, o União Brasil tem seis representantes na Bahia, enquanto o PP conta com quatro. Entre eles, Cacá Leão ocupa um cargo de secretário na administração do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), e possui grande alinhamento com o grupo.

“É razoável que, dentro desse acordo para a composição da federação, aqui na Bahia a liderança fique com o nosso partido. E, obviamente, o maior líder do nosso grupo é o ex-prefeito ACM Neto, que deverá nos representar“, afirmou Maia.

Cacá defende federação

O presidente do Partido Progressista (PP) em Salvador, Cacá Leão, defendeu, na manhã desta quinta-feira (20), a formalização da federação com o União Brasil, afirmando que a união dos dois partidos tem seu total apoio, mas ponderou que sua criação ainda terá um longo caminho a percorrer. As legendas já são aliadas em Salvador, inclusive, o dirigente partidário coordenou a campanha de reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, Cacá desconversou sobre a possibilidade do PP passar a integrar a base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, essa decisão pertence ao presidente da sigla na Bahia, deputado federal Mário Negromonte Júnior, que já declarou, na última quarta-feira (14), que a maioria do partido no Estado é favorável a um retorno à base do governador petista.

“Foi uma decisão da Executiva Nacional do Progressistas. Eu sempre coloquei a minha posição favorável a esse processo. Acho que, caso isso venha a acontecer e se formalize, é uma federação que se tornará o maior partido da Câmara dos Deputados, o segundo ou terceiro maior partido do Senado Federal”, disse ao Portal M! durante a sessão especial para entrega da Comenda 2 de Julho para o ex-deputado estadual, Heraldo Rocha (União Brasil) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

PP aprova federação

Na última terça-feira (18), o presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), anunciou que o partido decidiu dar continuidade às negociações para formar uma federação com o União Brasil. A decisão foi tomada após uma reunião da Executiva Nacional, que consultou deputados federais, senadores e presidentes de diretórios estaduais.

“Após intensa discussão, deputados federais, senadores e presidentes de diretórios estaduais decidiram, por unanimidade, dar pleno aval à presidência do partido para prosseguir as tratativas no sentido de consolidar a criação da federação“, escreveu Nogueira em uma postagem no X (antigo Twitter).

O União Brasil ainda não se posicionou oficialmente sobre a federação, mas a presidência da sigla sinalizou apoio às negociações. No entanto, a decisão final será tomada após consultas às bancadas do Legislativo e aos governadores do partido.

A federação, caso formalizada, implicará em uma união das duas siglas com atuação unificada em todo o país, funcionando como um único partido com personalidade jurídica própria.

A formação da federação tem implicações significativas, como a divisão do Fundo Partidário e do tempo de televisão, e a validade por pelo menos quatro anos.

Isso diferencia uma federação de uma coligação, que é temporária e limitada ao período eleitoral. Se concretizada, a união entre PP e União Brasil criará a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, além de garantir os maiores repasses de verba do Fundo Partidário.

A proposta de federação começou com a inclusão do Republicanos nas negociações, mas o partido anunciou que rejeitou a união, com a decisão sendo “quase que unânime” entre seus membros. Agora, o Republicanos avalia a possibilidade de uma fusão com o PSDB.