Alan Sanches critica aumento da taxa de juros e aponta risco de recessão na economia brasileira
Parlamentar destacou que aumento da taxa de juros pode desacelerar setores importantes da economia

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), afirmou, nesta quinta-feira (20), que a nova elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central para 14,25% ao ano, anunciada nesta quarta-feira (19), trará impactos diretos à economia e ao dia a dia da população.
Para o vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a decisão reflete uma política econômica que “provoca uma taxa de juros num patamar só visto na época da ex-presidente Dilma Rousseff“.
Sanches criticou a condução da economia no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que “Lula apresenta o mesmo modelo econômico que usou de 2002 a 2010, mas hoje o mundo mudou, as demandas são outras e, mesmo assim, a concepção econômica permanece a mesma, ultrapassada“.
O parlamentar também apontou que a taxa de juros elevada busca conter a inflação, mas afeta diretamente o custo de vida.
Impacto no consumo e na economia
Alan destacou ainda que o aumento da taxa de juros pode desacelerar setores importantes da economia, dificultando o acesso ao crédito.
“As pessoas vão começar a sentir no dia a dia os efeitos dessa taxa de juros nas alturas e isso vai desaquecer o mercado imobiliário, o mercado de automóveis, de eletrodomésticos e todo tipo de financiamento que você precisar ter acesso“, afirmou.
Sanches também lembrou que o atual presidente do Banco Central foi indicado pelo próprio Lula e criticou a atuação do governo na condução da política fiscal.
“E veja que o presidente do Banco Central foi escolhido pelo próprio Lula”, disse, acrescentando que o governo não tem adotado medidas suficientes para garantir segurança jurídica.
Risco de recessão
O deputado alertou para a possibilidade de um impacto ainda maior na economia caso a política econômica do governo permaneça inalterada.
“Tudo isso pode acabar levando a economia para uma recessão. Aí fica a pergunta: aonde o Brasil vai parar desse jeito?“, questionou Sanches, que já se apresenta como pré-candidato a deputado federal em 2026.
Copom eleva Selic para 14,25%
Nesta quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, passando para 14,25% ao ano. Este foi o terceiro aumento consecutivo nesta magnitude desde setembro de 2024. A medida foi tomada de forma unânime pelos membros do Copom.
A taxa Selic atinge agora níveis observados entre julho de 2015 e outubro de 2016, um período marcado pela crise econômica e política, que incluiu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Se o Banco Central continuar com novos aumentos, a Selic poderá atingir o maior nível em quase 20 anos.
Cenário econômico e expectativas de inflação
Em seu comunicado, o Copom indicou que o cenário econômico atual é caracterizado por “desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista“.
O Banco Central também afirmou que, “diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião“.
O Copom reafirmou que a “magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta” e que essa decisão dependerá da evolução da inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.
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