Brazil Iron anuncia investimento de US$ 5 bilhões para produção sustentável de ferro verde

Com um investimento de US$ 5 bilhões, a Brazil Iron está transformando o setor de mineração na Bahia, posicionando o estado como referência global na produção de ferro verde. O projeto, que abrange as cidades de Piatã, Abaíra e Jussiape, na Chapada Diamantina, promete não apenas impulsionar a economia local, mas também promover a descarbonização da indústria siderúrgica mundial.

Bahia lidera produção sustentável com ferro verde

Em entrevista ao Portal M!, Emerson Souza, vice-presidente de Relações Institucionais da Brazil Iron, destacou que o impacto mais significativo do projeto vai além do investimento financeiro.

“Olha, o número ele é volumoso. Você ouve um quantitativo nessa condição e você pensa: caramba! Acho que o que tem mais importante que esse projeto vai trazer é o aporte financeiro para o Estado. Pois, apesar desse número ser bastante grande, o que ele traz de mais importante para o Estado é colocar a Bahia na vanguarda da produção do ferro verde, na produção de materiais que tenham a condição de chegar na indústria siderúrgica e produzir o aço verde, que é o que todo mundo precisa. Hoje nós vivemos num mundo com tantos desastres ambientais, com uma emergência climática, e só tem um jeito de a gente resolver isso, ou dentro dos vários jeitos que nós temos, é diminuir drasticamente a emissão de gás de efeito estufa na atmosfera”, afirmou Emerson.

“A Bahia é abençoada e possui aqui um minério de ferro com características que permitem a produção desse aço. Coisa que muitos lugares do mundo, grandes produtores de aço no mundo ou grandes produtores de minério de ferro no mundo, não têm, como a Austrália, por exemplo, como a Índia, como a própria China. E nós temos aqui na Bahia um minério riquíssimo, de muita concentração e de muita qualidade. Então, o que esse projeto vem trazer, além desse grande aporte, além de uma quantidade muito grande de empregos que serão gerados, de receita tributária, é colocar a Bahia numa posição de destaque no processo de descarbonização da indústria mundial”, enfatizou.

Impacto local e apoio do governo

O projeto terá impacto direto nas cidades de Piatã, Abaíra e Jussiape, mas também beneficiará outras regiões, como a área portuária onde o minério será escoado. Emerson Souza ressaltou o papel fundamental do poder público na viabilização do empreendimento.

“Eu acho que a participação do Poder Público nisso, ela mostra, acho que é um exemplo que o governo do estado da Bahia junto com a CBPM vem trazendo e mostrando de como que o Poder Público deve se envolver nessas situações. A gente pensa que o Estado deve ser aquele que ajuda, que auxilia, que os projetos possam se desenvolver e gerar frutos para sua sociedade, e é o que vem acontecendo”, disse Emerson.

“Nós estamos sendo mais do que apoiados, nós estamos sendo guiados pela CBPM para que nós possamos desenvolver um projeto que, sim, traga aquilo que o Estado precisa em termos de recursos, em termos de empregos, mas que não esqueça de forma alguma o respeito com o lado ambiental e o respeito com as comunidades que são impactadas por estarem no entorno disso. Então é seguir essa diretriz, essa política pública, esse pensamento do governo, e é isso que nós estamos colocando no nosso projeto, para que ele se desenvolva, sim, mas que acima de qualquer coisa respeite todos esses atores envolvidos”, destacou.

Ferro verde e descarbonização

O projeto da Brazil Iron, que inclui beneficiamento de minério de ferro, construção de ramal ferroviário e instalação de plantas siderúrgicas, é um marco para a produção de HBI (ferro briquetado a quente), principal solução para a descarbonização da indústria siderúrgica.

“Hoje nós vivemos num mundo com tantos desastres ambientais, com uma emergência climática, e só tem um jeito de a gente resolver isso, ou dentro dos vários jeitos que nós temos, é diminuir drasticamente a emissão de gás de efeito estufa na atmosfera. Como a indústria siderúrgica representa uma parcela significante na emissão global, faz-se a necessidade de reduzir ou zerar, de repente, num segundo momento, a emissão de gases de efeito estufa na produção do aço”, concluiu Emerson.

Confira a entrevista na íntegra:

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