Retaliação: Canadá ameaça cortar energia elétrica dos EUA diante de tarifas de Trump
Primeiro-ministro de Ontário reage a planos tarifários do presidente eleito dos EUA com medidas drásticas que podem afetar relação comercial entre países
O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford Jr., fez duras declarações na última quarta-feira (11) em resposta às ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de implementar tarifas generalizadas sobre produtos canadenses. Ford destacou que o Canadá está preparado para tomar medidas de retaliação severas, incluindo a possibilidade de interromper o fornecimento de energia elétrica aos Estados Unidos, caso as tarifas sejam confirmadas.
A declaração ocorreu após uma reunião com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e outros líderes do país, onde o tom foi de preparação para um confronto econômico com os EUA. “Vamos montar nossa lista, e tenho certeza de que as outras províncias também farão isso. Mas faremos tudo, dependendo de até onde isso for. Chegaremos ao ponto de cortar a energia deles”, afirmou Ford.
Energia: ponto crítico nas relações comerciais
O Canadá desempenha um papel vital no fornecimento de energia aos EUA. Cerca de 85% da eletricidade importada pelos Estados Unidos vem do Canadá, representando um terço do comércio energético entre os países. Além disso, o petróleo canadense constitui 60% das importações de combustíveis dos EUA, evidenciando a interdependência entre as duas economias.
A ameaça de Ontário de cortar a eletricidade ressalta a importância do setor energético como ferramenta de pressão em disputas comerciais.
Trump reafirma intenção de tarifas
Donald Trump, em uma série de publicações na rede Truth Social, reforçou que planeja assinar, já no dia de sua posse, uma ordem executiva impondo tarifas de 25% sobre todos os produtos provenientes do Canadá e do México.
O presidente americano eleito argumenta que as tarifas têm como objetivo forçar esses países a cooperar no controle da imigração ilegal e no combate ao tráfico de drogas, especialmente o fentanil. O republicano também anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, como parte de sua agenda econômica nacionalista.
“No dia 20 de janeiro, como uma das minhas muitas primeiras ordens executivas, assinarei todos os documentos necessários para cobrar do México e do Canadá uma tarifa de 25% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos e suas ridículas fronteiras abertas”, escreveu Trump.
Impactos potenciais das tarifas
Analistas econômicos alertam que a adoção de tarifas generalizadas pode causar aumento da inflação nos EUA, com custos adicionais sendo repassados aos consumidores. A medida também teria um impacto negativo na economia global, com possíveis rupturas nas cadeias de suprimentos e aumento do protecionismo entre as nações.
Apesar disso, Trump e seus aliados argumentam que as tarifas são indispensáveis para negociar termos comerciais mais favoráveis aos EUA e alcançar objetivos estratégicos, como maior cooperação em segurança e imigração.
Reação canadense e desafios futuros
A ameaça de Doug Ford de cortar o fornecimento de energia representa um desafio significativo para as relações entre os países, que compartilham uma das maiores fronteiras comerciais do mundo. A economia dos EUA poderia ser diretamente afetada, com impactos na oferta energética e nos preços do petróleo. Além disso, a postura mais agressiva do Canadá indica que o país está disposto a adotar uma estratégia de retaliação para proteger seus interesses econômicos e políticos.
Scott Bessent, indicado por Trump para liderar a Secretaria do Tesouro podem ser fundamentais para as negociações com outros países. “Seja fazendo com que os aliados gastem mais em sua própria defesa, abrindo mercados estrangeiros para exportações dos EUA, garantindo cooperação para acabar com a imigração ilegal e interditar o tráfico de fentanil, ou dissuadindo agressões militares, as tarifas podem desempenhar um papel central”, destacou.
Cenário de tensão
Com a posse de Trump se aproximando e as declarações de ambos os lados aumentando o tom do conflito, o cenário entre EUA e Canadá caminha para uma disputa comercial acirrada. As decisões nas próximas semanas serão cruciais para determinar se os países buscarão diálogo ou partirão para medidas mais extremas, afetando diretamente a economia de ambas as nações e o equilíbrio no comércio internacional.
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