João Roma acredita que PL deve aumentar bancada na Bahia nas eleições em outubro

O presidente do PL na Bahia, João Roma, afirmou, nesta segunda-feira (26), que os candidatos a vereadores filiados ao partido, tanto em Salvador quanto no interior do Estado, têm boas chances de serem eleitos em outubro. Além do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o dirigente credita ao fato da legenda possuir o maior tempo de TV na propaganda eleitoral.

“Nas cidades com propaganda de TV, os candidatos a vereador do PL são aqueles que terão o maior tempo perante outros candidatos porque o PL é o maior partido do Brasil, com 99 deputados federais. Essa é uma ferramenta importante”, explicou o ex-ministro da Cidadania, em entrevista à rádio Salvador FM.

Em Salvador, o PL vai apoiar a candidatura à reeleição do atual prefeito Bruno Reis (União Brasil) e pretende aumentar sua bancada na Câmara Municipal de Salvador (CMS). Atualmente, o partido possui dois vereadores (Alexandre Aleluia e Isnard Araújo), que concorrerem à reeleiçã. Além disso, a legenda possui quatro deputados estaduais (Diego Castro, Leandro de Jesus, Raimundinho da JR e Vitor Azevedo) e três deputados federais (Capitão Alden, João Carlos Bacelar e Roberta Roma).

Roma acredita ainda que a clara identidade política do partido também será chamariz para atrair votos aos candidatos correligionários. Segundo ele, isso aumenta a possibilidade dos “votos de legenda”.

“Nós temos uma sigla partidária também muito conhecida. Assim como do lado da oposição, você tem a força do símbolo do PT, no caso nós temos aqui um partido de reconhecimento nacional, o PL 22 de Bolsonaro, o que efetiva uma maior quantidade de votos de legenda. São muitas variáveis que teremos nessa disputa. Estou muito entusiasmado com a animação dos nossos candidatos; cada um com sua característica, cada um com sua forma de pedir voto, mas eu tenho certeza que a gente terá um bom resultado”, pontuou.

Para obter êxito nas eleições, no entanto, o dirigente do PL baiano ressaltou que o principal ponto que os candidatos do partido devem adotar é a não competição com com colegas da sigla. Segundo Roma, criar um ambiente de harmonia interna no partido é fundamental, até porque, mesmo aqueles que não foram eleitos sairão “com um degrau a mais na vida pública”. Além disso, ele destacou que o objetivo do PL não é ter brigas internas, mas sim impedir que o PT conquiste as maiores cidades baianas.  

Governo Jerônimo

Ainda na entrevista, João Roma criticou a atuação do governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições municipais como, por exemplo, em Feira de Santana. Na cidade conhecida como “Princesinha do Sertão” e segundo maior colégio eleitoral da Bahia, o PL decidiu apoiar o ex-prefeito José Ronaldo (União Brasil) que concorrerá novamente com o deputado federal licenciado José Neto (PT).

“O Jerônimo Rodrigues vai lá querer criticar a cidade de Feira de Santana no quesito da saúde; mas a dificuldade da saúde em Feira de Santana é justamente a ineficiência do Governo do Estado da Bahia. Mas ele está lá de corpo e alma tentando interferir no cenário eleitoral”, destacou o ex-ministro, enfatizando que José Ronaldo é um nome extremamente estratégico para vencer em Feira e o objetivo do PL com o apoio é “ter capilaridade e porta-vozes legitimados”, visando já a disputa eleitoral de 2026.

Eleições 2026

Sobre as eleições nacionais, que acontecem em 2026, Roma voltou a dizer que pretende se candidatar novamente a governador. Para ele, é frustrante ver como a Bahia vem se deteriorando, perdendo todo seu potencial econômico para estados menores, como Santa Catarina, além de ter uma precariedade quando se fala em segurança pública com o avanço do crime organizado no Estado.

“No último sábado, eu estive com Ronaldo Caiado, governador de Goiás, lá em Feira de Santana e ele conseguiu tomar providências sobre segurança pública. A população não estava mais comprando carro a diesel em Goiás porque tinha uma quadrilha que só estava roubando carros a diesel. Com as ações rápidas que ele adotou, acabou isso logo e até o preço de seguro, que era o mais caro do Brasil, ficou mais barato”, comparou Roma.

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