Segunda edição da Flisu celebra insurgências criativas no Parque São Bartolomeu

O Parque São Bartolomeu, em Salvador, será palco, na próxima sexta-feira (18) e sábado (19), da 2ª edição da Flisu (Festa Literária do Subúrbio). O evento multidisciplinar é um espaço de promoção e valorização da literatura periférica, e possui uma programação diversificada.

A Flisu reúne autores e artistas de subalternidades, com rodas de conversa, oficinas, performances literárias, saraus e apresentações musicais. O evento visa democratizar o acesso à produção literária e artística oriunda de territórios periféricos, especialmente do Subúrbio Ferroviário de Salvador, uma região rica em patrimônio cultural, mas historicamente marginalizada.

Iniciativa da Aganju, a Flisu foi contemplada pelo edital Territórios Criativos e conta com apoio da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, além da Lei Paulo Gustavo e do Ministério da Cultura.

Segundo George Bispo, coordenador do projeto, o evento busca amplificar as vozes de autores e artistas do Subúrbio, com um foco especial em literatura negra, indígena, quilombola e LGBTQIA+. Ele ressalta a importância do Parque São Bartolomeu como espaço de cultura e memória e destaca o papel da festa na desconstrução de estigmas e na valorização do local.

Programação

A programação da Flisu inclui uma conferência de abertura com a jornalista Luana Souza, rodas de conversa com Dejanira Rainha e Eduardo Pereira, e oficinas de escrita criativa e rap/trap com a atriz Cássia Valle e Gabriel Rajada. Haverá ainda uma performance literária e um show de encerramento com Dão Black. A presença de autores independentes e coletivos artísticos do Subúrbio assegura que o evento reflita as vivências e realidades de seu público.