Sinjorba e Setre lançam programa Jornalista do Futuro para capacitar profissionais em novas tecnologias e comunicação digital

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) lançou, nesta quarta-feira (16), o programa Jornalista do Futuro, realizado em parceria Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e que tem o objetivo de levar qualificação profissional aos profissionais da comunicação.

De acordo com o presidente da entidade, Moacy Neves, na primeira etapa do projeto serão qualificados 140 profissionais através do Qualifica Bahia. “Vamos aproveitar essa estrutura, as aulas e a presença dos professores para certificar mais 70 profissionais através da Escola Baiana de Comunicação, com o mesmo conteúdo do Qualifica Bahia. Então serão mais de 200 jornalistas que serão beneficiados em Salvador, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Barreiras e Ilhéus”, destacou.

Ainda segundo Moacy, se trata de uma iniciativa pioneira no Brasil e que poderá ser replicada em outros Estados. “A Bahia é o primeiro Estado que criou no âmbito do seu programa de qualificação profissional uma cadeia específica para jornalistas. Isso é uma vitória dos jornalistas baianos. Nós vamos fazer escola, levando para outros estados, inclusive o programa que nós criamos aqui”, apontou.

O programa Jornalista do Futuro é composto de 12 cursos de capacitação: Jornalismo de Marca; SEO e Textos Digitais; Ferramentas Digitais para Jornalistas; Jornalismo e Inovação; Endomarketing; Planejamento de Comunicação 360; Big Data e Ciência de Dados; Inbound Marketing; Linguagem Jornalística; Comunicação Síncrona e Assíncrona; Imagem para Redes Sociais;e Divulgação de Negócios em Redes Sociais.

A primeira turma do curso escolhido para abrir o programa – Jornalismo e Inovação – teve início nesta quarta, em Salvador, e a segunda terá início no dia 23. Ao todo, foram 62 inscritos nas duas turmas da capital. Oficialmente só é permitido um máximo de 20 alunos por turma, mas o Sinjorba e a Escola Baiana de Comunicação (que faz a coordenação) encontraram uma forma de incluir todos os interessados.

“As Inteligências Artificiais Generativas, não só o Chat GPT, o Gemini do Google e tantos outros, ela está aí no mercado e nós precisamos dominar essas ferramentas para que um impacto no nosso trabalho seja recebido de maneira preparada por muitos profissionais. Legitimar a categoria para trabalhar com a Inteligência Artificial e produzir informação de qualidade com essas ferramentas novas que a gente tem”, enfatizou o presidente do Sinjorba.

Por fim, Moacy também destacou que os interessados em participar de novas turmas poderão procurar a entidade. “A gente vai garantir que todo mundo possa, através do Qualifica Bahia ou através de outros instrumentos de parcerias que o Sinjorba buscar, garantir vaga para todo mundo”, assegurou.

Por sua vez, o titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (SETRE), Davidson Magalhães, destacou a importância da qualificação dos profissionais da comunicação, sobretudo em um momento de inovação e de “revolução informacional”.

“Cada um hoje produz informações e é fundamental que a gente, cada vez mais, qualifique essa informação que é produzida. Esse é o grande debate da sociedade, é o debate da gente buscar que as pessoas entendam que existe uma realidade objetiva, que elas devem perseguir a identificação dessa realidade objetiva, suas contradições, seus fatos e a realidade. Esse é o grande desafio. E para isso, para que se combata a fake news com um outro viés, é exatamente qualificar essa mão de obra. Esse é o esforço que a gente está fazendo junto aqui com o Sinjorba”, explicou.

Ao todo, foram investidos cerca de R$ 200 mil na medida, e há a expectativa de expansão da ação para as escolas. “Nós já fizemos uma iniciativa aqui também na área de comunicação, foi com jovens cineastas. Foram mais de 400 jovens com o cineasta Olavo, que foi exatamente preparando para a curta-metragem. Então essas linguagens da comunicação são fundamentais nesse momento que a gente vive. Hoje a gente tem o celular como uma extensão do braço, não se vai nem a um sanitário sem um celular, ali tem informação, e nós precisamos qualificar essa informação, esse é o objetivo desse curso”, enfatizou.

Confira a entrevista na íntegra: