Rio de Janeiro se prepara para sediar cúpula do Brics em 2025

O Rio de Janeiro será, em julho de 2025, o centro das atenções globais ao sediar a cúpula do Brics. O evento reunirá os líderes de potências emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos membros como Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Considerado um dos mais relevantes fóruns de articulação política do Sul Global, o encontro promete colocar o Brasil em destaque na cena internacional.

Comitê Rio Brics prepara cidade

Para garantir o sucesso da cúpula, a prefeitura do Rio de Janeiro criou o Comitê Rio Brics, responsável pela coordenação de iniciativas ligadas à presidência brasileira do bloco. Ele também organizará um calendário de eventos ao longo do ano, reforçando a posição da capital carioca como hub global de grandes encontros.

Segundo o decreto que oficializou a criação do comitê, a cidade conta com ampla experiência em sediar eventos de magnitude, como a Rio+20, os Jogos Olímpicos de 2016 e a Cúpula do G20, realizada no ano anterior. Como parte das ações planejadas, a marca “Rio Capital dos Brics” será lançada em até 60 dias, dando continuidade ao branding de “Rio Capital do G20” usado em 2024.

Calendário robusto de eventos

Antes da cúpula de líderes, estão previstas mais de 100 reuniões temáticas a partir de fevereiro, que ocorrerão em Brasília e servirão de preparativo para o grande encontro. Estas reuniões abordarão temas variados, como economia, meio ambiente, saúde e tecnologia.

Porém, o encontro principal está confirmado para a capital fluminense, onde medidas de segurança, logística e infraestrutura estão sendo planejadas para receber delegações de todos os países membros.

Papel do Brics no cenário global

Fundado em 2009, o Brics foi criado com o objetivo de unir economias emergentes em torno de um projeto comum de desenvolvimento sustentável e governança global mais justa. Originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco recentemente ampliou sua representação, incorporando novos países interessados em fortalecer a cooperação Sul-Sul.

Com a inclusão de Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, o Brics busca se consolidar como uma força representativa das economias emergentes e uma alternativa às estruturas dominantes de governança internacional. A cúpula no Rio de Janeiro será a primeira a integrar plenamente os novos membros, marcando um capítulo importante para o bloco.

Presidência brasileira e desafios

Sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, o Brasil assume em 2025 a presidência rotativa do Brics. Entre as prioridades estão a facilitação do comércio, a governança ética da inteligência artificial e a cooperação em saúde pública e mudanças climáticas.

Um dos principais desafios é promover a integração dos novos membros, garantindo que o bloco mantenha sua coesão e relevância no cenário internacional. Outra tarefa importante será discutir a criação de um sistema de pagamentos com moedas locais, reduzindo a dependência do dólar nas transações comerciais entre os países membros.

Impactos esperados para Brasil e Rio

A cúpula do Brics em 2025 representa não apenas uma oportunidade de fortalecer a imagem do Brasil como líder regional, mas também de posicionar o Rio de Janeiro como destino estratégico para eventos internacionais. O impacto econômico e turístico promete ser significativo, com milhares de visitantes previstos, além do fortalecimento das redes de cooperação entre os setores público e privado.

Com uma agenda ambiciosa e desafios proporcionais à sua importância, o Brics 2025 será um marco na história da diplomacia brasileira e na projeção internacional do Rio de Janeiro.