Previsões para 2024: o que se cumpriu e os principais erros

O ano de 2024 foi repleto de eventos marcantes e de especulações sobre o futuro. Enquanto o mundo enfrentava desafios reais, videntes e astrólogos atraíram a atenção com suas previsões, que mesclavam misticismo e interpretação dos fenômenos contemporâneos. O Portal M! analisa as profecias que mais repercutiram e faz um balanço dos acertos e do que permaneceu como possibilidade distante.

Kushal Kumar e o alerta apocalíptico

Kushal Kumar, conhecido como o ‘Nostradamus indiano’, ganhou destaque ao prever que o mundo mergulharia na Terceira Guerra Mundial em 18 de novembro de 2024. Segundo ele, conflitos geopolíticos, como o embate entre Israel e Hamas, a guerra na Ucrânia e as tensões entre China e Taiwan, seriam as primeiras fagulhas do confronto global.

Kumar também apontou os ataques recorrentes na fronteira Índia-Paquistão e a morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi, em maio, como sinais do apocalipse iminente.

Embora os cenários descritos por Kumar estejam alinhados com a atual conjuntura global, o temido início da guerra ainda não se concretizou. Isso não impediu que a previsão fosse amplamente debatida nas redes sociais e em veículos internacionais, levantando reflexões sobre o papel das profecias no contexto das tensões políticas reais.

Para muitos, a coincidência entre os fatos e a narrativa mística serve como alerta para que líderes mundiais redobrem esforços na diplomacia.

Previsões para 2024 de Nostradamus

Michel de Nostradame, ou simplesmente Nostradamus, continua sendo uma figura intrigante. Suas premonições, publicadas no livro Les Prophéties, em 1555, atravessaram séculos e, frequentemente, são reinterpretadas para o presente.

Entre os destaques das previsões para 2024, estava a ascensão de um novo papa, descrito como um “romano de boa idade”, que teria visão enfraquecida, mas seria influente durante seu pontificado. No entanto, até agora, o Vaticano segue sob a liderança do papa Francisco, que completou 87 anos em 2024.

Outra previsão amplamente discutida foi a ascensão de um “homem sem a marca de rei” ao trono inglês. Muitos acreditaram que isso poderia se referir ao príncipe Harry, mas a monarquia britânica permaneceu estável, com o rei Charles III no comando.

No campo climático, Nostradamus mencionou “grandes inundações que serão vistas” – e, de fato, eventos como as enchentes históricas no Rio Grande do Sul e em outras partes do mundo corroboraram a preocupação crescente com as mudanças climáticas.

As predições do astrólogo francês têm o dom de se adaptar a múltiplas interpretações, o que as torna atraentes para quem busca encontrar significado nos eventos globais. Críticos, por outro lado, afirmam que sua linguagem ambígua permite que praticamente qualquer acontecimento seja encaixado nas profecias.

Baba Vanga e os desafios do futuro

Baba Vanga, conhecida como a ‘Nostradamus dos Bálcãs’, também deixou previsões intrigantes para 2024. Em entrevistas feitas antes de sua morte, em 1996, a vidente relatou que o ano seria marcado por desastres naturais e por um aumento da radiação na Terra.

As catástrofes climáticos, de fato, tiveram destaque, com furacões mais intensos, enchentes devastadoras e ondas de calor extremas, colocando à prova a capacidade dos governos de lidarem com crises ambientais.

A búlgara também alertou sobre ataques cibernéticos que ameaçariam infraestruturas críticas, como redes elétricas e sistemas de abastecimento de água. Apesar de não haver grandes incidentes deste tipo em 2024, a ameaça de ataques hacker cresceu, e especialistas em segurança digital apontam que a previsão de Vanga reflete uma preocupação real e crescente.

Outro ponto levantado pela vidente foi a crise global provocada por uma suposta inversão de poder entre o Ocidente e o Oriente. Embora isso não tenha se concretizado de forma tão drástica, tensões econômicas e geopolíticas entre China, Rússia e países ocidentais moldaram boa parte dos eventos deste ano.

Profecias: entre misticismo e realidade

Seja pelas previsões de Kumar, Nostradamus ou Baba Vanga, o interesse por profecias parece inabalável, especialmente em tempos de incerteza. O apelo do misticismo está em traduzir medos e esperanças coletivas em narrativas compreensíveis, ainda que nem sempre precisas.

O ano de 2024 trouxe muitos desafios reais que ecoaram as preocupações descritas pelos videntes: mudanças climáticas severas, tensões políticas crescentes e avanços tecnológicos que desafiam a segurança global.

No entanto, eventos como a Terceira Guerra Mundial, a mudança no trono britânico ou um colapso econômico global ainda permanecem apenas no campo da especulação.

Enquanto nos preparamos para 2025, o que fica claro é que o mundo não precisa de profecias para compreender que enfrenta questões urgentes que demandam atenção imediata. Talvez o maior acerto dessas previsões esteja em nos lembrar de que o futuro não é apenas um destino, mas algo que construímos diariamente com nossas ações.