PIB da Bahia cresce 3,6% no terceiro trimestre impulsionado por indústria e serviços

A economia da Bahia apresentou expansão no terceiro trimestre de 2024, com o Produto Interno Bruto (PIB) do estado crescendo 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este desempenho foi impulsionado por setores como indústria geral, comércio e serviços, que compensaram a retração registrada na agropecuária. A análise faz parte da carta de conjuntura da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), divulgada recentemente.

Setores que impulsionaram o crescimento econômico

A indústria se destacou no período, com alta de 5,7% no grande setor industrial. A produção física da indústria geral subiu 5%, um crescimento expressivo em relação aos 1,1% do trimestre anterior. Contudo, o segmento de Indústria Extrativa Mineral apresentou uma queda significativa de 11,6%.

No comércio varejista, a taxa de crescimento foi de 5,1%, enquanto o volume de serviços registrou alta de 1,4%, marcando a décima quarta expansão consecutiva desde 2021. “O incremento nas vendas e no volume de serviços mostra a resiliência do consumo das famílias, mesmo em um ambiente econômico desafiador”, destaca o boletim da SEI.

Queda na agropecuária e desafios externos para o PIB

Por outro lado, a agropecuária registrou retração de 3,4% no terceiro trimestre. Essa queda é atribuída às condições climáticas adversas, que impactaram culturas como soja, milho e algodão, levando a uma redução de 6,8% na safra total de grãos comparada ao ano anterior.

No cenário externo, fatores como a incerteza nas economias americana, europeia e chinesa limitaram as exportações baianas. Apesar disso, o volume exportado cresceu 12% no trimestre, reflexo de uma demanda internacional mais robusta.

Geração de empregos fortalece a economia baiana

O mercado de trabalho na Bahia teve um desempenho positivo no terceiro trimestre. Entre julho e setembro, mais de 41 mil novos postos de trabalho foram criados, elevando o número de vínculos celetistas para 2,1 milhões no estado. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo acumulado no ano supera os 96 mil empregos formais, bem acima dos 76 mil registrados no mesmo período de 2023.

Além disso, a taxa de desocupação caiu de 11,1% no segundo trimestre para 9,7% no terceiro, conforme levantamento da PNAD Contínua. “A geração de empregos formais reforça o papel do mercado de trabalho como motor da recuperação econômica da Bahia”, conclui o relatório da SEI.