Grande São Paulo volta a ter chuvas fortes e 70 mil casas ficam sem luz

A cidade de São Paulo e a região metropolitana foram novamente atingidas por fortes chuvas e ventos intensos nesta última quarta-feira (23), resultando em apagões em diversas áreas. Segundo a concessionária Enel, até 18h55, cerca de 71,8 mil clientes estavam sem energia elétrica, sendo 52,7 mil apenas na capital paulista. A situação mais crítica foi registrada nos bairros da zona oeste, como Vila Madalena, Pompeia e Perdizes, onde moradores relataram quedas intermitentes no fornecimento de energia.

O Corpo de Bombeiros atendeu a 51 ocorrências de queda de árvores até as 19h10, nenhuma delas com vítimas. Além disso, 13 chamados foram registrados para alagamentos e inundações, embora os locais não tenham sido divulgados. A queda de árvores, que frequentemente danifica a fiação elétrica, é apontada como uma das principais causas da interrupção no fornecimento de energia.

Estado de atenção

Às 17h53, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) colocou toda a cidade de São Paulo em estado de atenção para alagamentos. As áreas mais afetadas pelas chuvas foram a região central e os bairros da Vila Mariana e Aclimação, na zona sul da capital. As precipitações intensas são atribuídas à formação de um ciclone extratropical entre o Uruguai e a costa do Rio Grande do Sul, que está impactando o clima na região.

Com as fortes chuvas, moradores e comerciantes da Grande São Paulo temem que ocorra um novo apagão semelhante ao do dia 11 de outubro, quando mais de 3,1 milhões de clientes da Enel ficaram sem luz, situação que se estendeu por toda a semana seguinte.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo anunciou que está intensificando as ações de monitoramento e prevenção devido à previsão de ventos que podem ultrapassar os 70 km/h nos próximos dias. Um gabinete de crise será montado para atuar durante esse período.

“Atenção especial para a Baixada Santista e região metropolitana de São Paulo”, alertou o órgão, que se comprometeu a realizar atividades preventivas em áreas vulneráveis, especialmente em locais com risco de desabamentos, alagamentos e descargas elétricas.