Prefeitos de Euclides da Cunha e Umburanas são alvos de operação da PF

As operações, batizadas de Rumo e Prumo, investigam possíveis irregularidades em licitações e favorecimento de empresas contratadas

Redação 05/12/2024 18:13 • Política

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Prefeitos de Euclides da Cunha e Umburanas são alvos de operação da PF -

Divulgação/Polícia Federal

Os prefeitos Luciano Pinheiro (PDT), de Euclides da Cunha, e Roberto Bruno (União Brasil), de Umburanas, foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (5). As ações, conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria Geral da União (CGU), ocorreram em cidades da Bahia e de Pernambuco. As informações são do G1 Bahia.

As operações, batizadas de Rumo e Prumo, investigam possíveis irregularidades em licitações e favorecimento de empresas contratadas para serviços de transporte escolar e locação de veículos. Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão.

Até o momento, ambos os prefeitos não se pronunciaram sobre a operação.

*Luciano Pinheiro (PDT) é prefeito de Euclides da Cunha*

*Roberto Bruno (União Brasil) é prefeito de Umburanas*

Justiça sequestra R$ 9 milhões e apreende dinheiro em espécie

A Justiça determinou o sequestro de aproximadamente R$ 9 milhões, valor identificado como obtido pelos crimes investigados. Durante a operação, a PF apreendeu uma grande quantia em dinheiro em espécie, registrada em imagens divulgadas pela corporação.

As ações foram realizadas nas cidades baianas de Euclides da Cunha, Umburanas, Salvador, Jaguarari e Jacobina, além de Petrolina, em Pernambuco.

Licitações manipuladas e indícios de superfaturamento

De acordo com a PF, as investigações identificaram acordos entre representantes de empresas e agentes públicos para manipular licitações. O esquema incluía:

Simulação de cotação de preços para inflar valores de referência;
Cláusulas restritivas nos editais para limitar a concorrência;
Contratação de empresas sem capacidade técnica;
Ajustes nos editais para favorecer empresas ligadas ao grupo criminoso.

Além disso, foram encontrados fortes indícios de superfaturamento nos contratos firmados com a empresa investigada.

Recursos seriam desviados para agentes municipais

Os recursos desviados eram utilizados para pagamentos indevidos a agentes municipais, incluindo os prefeitos investigados. Para dificultar o rastreamento dos valores, o grupo fazia depósitos em contas de terceiros, ocultando os beneficiários finais.