Dia Mundial da Aids: BA é referência na eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis

A Bahia se destacou na cerimônia de certificação do Ministério da Saúde, realizada em Brasília, que reconheceu estados e municípios com avanços significativos na eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B. Este tipo de transmissão ocorre da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Cinco municípios baianos foram premiados em 2024 pelas boas práticas na prevenção dessas doenças. Alagoinhas recebeu o Selo Prata Rumo à Eliminação da Sífilis; Eunápolis e Teixeira de Freitas conquistaram o Selo Prata Rumo à Eliminação do HIV; Santo Antônio de Jesus foi duplamente reconhecido com o Selo Prata para Sífilis e HIV; e Luís Eduardo Magalhães obteve o Certificado de Eliminação da Transmissão Vertical de Sífilis e HIV.

A coordenadora estadual do programa de HIV e outras ISTs, Eleuzina Falcão, destacou o alinhamento da Bahia com a Agenda 2030 da ONU, citando que 50% dos municípios baianos com população superior a 100 mil habitantes já possuem certificação. “Integração entre vigilância, atenção básica, assistência e rede laboratorial é essencial para garantir um pré-natal de qualidade e prevenir a transmissão vertical”, ressaltou.

A secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, enfatizou que o sucesso dessas iniciativas depende da colaboração entre estado e municípios. “É fundamental unir esforços para alcançar resultados consistentes na eliminação dessas doenças”, afirmou.

Desde 2017, o Ministério da Saúde utiliza estratégias de certificação baseadas em diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A Bahia segue se consolidando como um exemplo no combate à transmissão vertical, reafirmando seu compromisso com a saúde pública e o bem-estar das futuras gerações.

Prevenção no Dia Mundial da Aids

No Dia Mundial de Combate à Aids, o programa Viva Maria destacou os 40 anos de convivência com o vírus HIV e reforçou a importância da prevenção. Instituído em 1988 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o 1º de dezembro foi criado para conscientizar sobre a doença e incentivar práticas de prevenção.

O programa lembrou marcos históricos na luta contra a aids no Brasil, como a produção da “Radionovela da Camisinha”, iniciativa que marcou a virada dos anos 2000. Além disso, abordou a relação da campanha de prevenção com os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que tem nesta data uma referência importante.

Segundo o relatório global de 2024 da Unaids, o mundo ainda está distante da meta de erradicar a aids até 2030, ressaltando a necessidade de reforçar esforços e conscientização sobre o tema.