PF: Bolsonaro teve pleno conhecimento e atuou de forma ‘direta e efetiva’ para tentar golpe
Golpe não ocorreu por fatores externos à vontade do ex-presidente
A Polícia Federal divulgou o relatório das investigações sobre os atos golpistas de 2022 após sigilo ser quebrado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve pleno conhecimento dos planejamentos que ameaçavam a democracia brasileira. As informações são da Agência Brasil.
O indiciamento também envolve outras 36 pessoas, acusadas de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo o relatório da PF, “os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa”.
A PF afirma que, embora o golpe não tenha ocorrido, isso se deu por fatores externos à vontade de Bolsonaro, como a resistência do alto comando das Forças Armadas, que não apoiou o movimento. O documento também revela detalhes sobre o chamado “Punhal Verde e Amarelo”, plano que envolvia ações violentas contra figuras do governo, incluindo o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
A investigação coletou provas substanciais, como registros de comunicação e movimentação no Palácio do Alvorada, indicando que Bolsonaro estava ciente do planejamento, que também envolvia ações clandestinas conhecidas como “Copa 2022”.
A PF também afirmou que o ex-presidente estava informado sobre os planos e as reuniões relacionadas ao golpe, com evidências de que as informações chegavam até ele por meio de seu então ajudante de ordens, Mauro Cid. O relatório mencionou ainda o envolvimento de outras pessoas em torno de Bolsonaro no apoio e coordenação dessas ações golpistas, através de diversos canais e reuniões secretas, reforçando a centralidade de sua participação no processo.
Bolsonaro deixou o Brasil no final de 2022, antes da transição de poder para Luiz Inácio Lula da Silva, uma decisão que, segundo a PF, teve como intuito evitar uma possível prisão e aguardar os desdobramentos dos atos golpistas, principalmente os de 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente ficou nos Estados Unidos até março de 2023, retornando após o episódio de invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A investigação da PF destaca a resistência das Forças Armadas, especialmente dos comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior, e do Exército, general Freire Gomes, que permaneceram fiéis à defesa do Estado Democrático de Direito, impedindo que o golpe se consumasse. A PF conclui que a ausência de apoio militar foi decisiva para que o golpe não fosse efetivado.
Em resposta ao indiciamento, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em um golpe de Estado. Em uma coletiva de imprensa, ele declarou que “nunca discutiu golpe com ninguém” e afirmou que todas as medidas tomadas durante seu governo foram dentro dos limites da Constituição.
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