Ministra ressalta fortalecimento do audiovisual brasileiro com novos investimentos e acordos internacionais

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, abordou, na manhã desta terça-feira (5), os recentes investimentos no setor audiovisual brasileiro, além de parcerias estratégicas que visam internacionalizar a produção nacional. A declaração foi dada ao Portal M! na coletiva de imprensa pelo Dia Nacional da Cultura, durante o segundo dia da Reunião do Grupo de Trabalho da Cultura do G20, que acontece no Centro de Convenções de Salvador.

“Sobre a nossa visão, é proporcionar, é aproveitar essa potência que é esse setor audiovisual brasileiro, que foi construído por pessoas do setor, uma história incrível. Ao longo do tempo eles conseguiram ter a Ancine, que tem ajudado e que tem essa função de fazer todo esse recolhimento dos impostos […] e é desse recolhimento que são realizados os investimentos”, disse Menezes.

A ministra também falou sobre a Condecine, contribuição obrigatória recolhida sobre a exibição de conteúdos audiovisuais e que se tornou um dos principais instrumentos de financiamento para o setor. Para ela, as contribuições, ao lado da Ancine, foram essenciais para o fortalecimento do setor cultural durante a pandemia, com a aprovação da Lei Paulo Gustavo, que destinou R$ 3,8 bilhões para socorrer o setor cultural brasileiro.

“Era o único fundo, a lei de mais de um bilhão e duzentos que foi liberada pelo Congresso naquele momento, para socorrer o setor, somando com os dois bilhões da Ancine”, explicou Menezes.

A ministra falou ainda sobre a liberação de R$ 800 milhões no plano anual de investimentos do audiovisual, com previsão de mais recursos provenientes da arrecadação, e também sobre as estratégias paralisadas que estão sendo retomadas no atual governo. “Nós também conseguimos mais com o que estava travado até hoje. Têm coisas de 2017 que estão sendo lançadas agora devido à essa reativação das políticas do audiovisual no Brasil”, acrescentou.

Margareth mencionou também os novos acordos internacionais que visam expandir o alcance da produção audiovisual brasileira e estimular a troca de experiências com outros países. Entre as parcerias em andamento, estão acordos com a França e a China, que incluem produções de filmes, novelas e até podcasts.

Segundo a ministra, “o presidente francês, Emmanuel Macron, deve formalizar um desses acordos com o presidente Lula (PT) durante sua próxima visita ao Brasil”. “Além disso, há diálogos em andamento com outros países, como Singapura, para fomentar colaborações e abrir novas oportunidades de mercado para produções nacionais, como podcasts e novelas”.

Ela destacou ainda a importância de mirar o sucesso de outros países na indústria audiovisual. “Os Estados Unidos, quando entenderam essa potência, implementaram todos os seus valores através do audiovisual, do cinema. A Coreia fez isso recentemente, e nós temos esse potencial para fazer”.

Menezes também enfatizou a versatilidade do audiovisual brasileiro como plataforma de expressão artística, capaz de incorporar múltiplas manifestações culturais, da música à dança e ao teatro, bem como de resgatar histórias do país.

“O nosso cinema já é considerado um cinema interessante… é uma indústria belíssima que agrega todas as outras manifestações artísticas. A gente vê lá a música, enfim, além de dança e tudo, tem muitos musicais também hoje no cinema. Então, é uma indústria muito potente que nos brinda com sonhos, com documentários, com recontação da nossa própria história”, finalizou.