Roma não descarta candidatura a governador e diz que Bruno ‘reúne mais condições’ que Neto
No entanto, presidente do PL-BA admite conversa com ex-prefeito de Salvador sobre eleições em 2026
O presidente estadual do PL, João Roma, disse, na manhã desta segunda-feira (4), que não descarta a possibilidade de se candidatar a governador em 2026. No entanto, o ex-ministro da Cidadania admite conversa com o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, sobre a próxima eleição na tentativa de desbancar o PT, que já governa a Bahia há 18 anos. Em 2022, ambos não conseguiram chegar a um acordo e o ex-prefeito de Salvador acabou perdendo no 2º turno.
Mesmo com a rusga entre os dois, depois de Jerônimo Rodrigues (PT) sair vencedor em 2022, então desconhecido do cenário político, Roma disse que poderá se reunir com Neto para discutir as estratégias do próximo pleito estadual.
“Não ocorreu ainda uma aproximação nesses termos, o que eu acho que não vá demorar a ocorrer até porque vai chegar a sucessão de 2026 e certamente vamos ter que sentar e buscar entendimentos e pensar como vai ser o desfecho, como será a sucessão na Bahia de 2026”, disse em entrevista à Rádio Metrópole.
João Roma e ACM Neto tinham um vínculo pessoal, quando se afastaram por discordância política. O caso ocorreu após vitória de Jair Bolsonaro (PL), em 2018, quando o presidente do PL-BA deixou a secretaria do então prefeito de Salvador para ser ministro da Cidadania no Governo Federal.
Nesse sentido, questionado sobre a possível candidatura de Neto para as eleições de 2026, Roma apontou que esta decisão vai depender de como está o andamento no cenário nacional, com a possível candidatura de Bolsonaro, que até então está inelegível até 2030.
“Neto é um nome forte, mas não podemos entregar o destino à vontade de ACM Neto. Não sabemos se ele vai topar até o final. Já ocorreu dele identificar um cenário e desistir de uma disputa. Naturalmente, já apresentei meu nome para a sucessão do governo do Estado da Bahia. Mas é interessante ver como será o cenário. Sendo Bolsonaro o candidato à presidência da República, pela reação de ACM Neto a Bolsonaro, dificilmente vai querer estar nesse palanque. Vamos repetir o que ocorreu em dois anos atrás com a candidatura de João Roma e outra dele?”, argumentou.
O único contato próximo entre o presidente estadual do PL e o vice-presidente nacional do UB aconteceu nas eleições municipais de 2024, já que ambos apoiavam os mesmos candidatos na Bahia. Inclusive, Roma destacou o seu apoio em Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Lauro de Freitas, cidades em que o União Brasil saiu vencedor.
Na entrevista, o ex-ministro também reforçou um possível cenário em que o prefeito reeleito em Salvador, Bruno Reis (União Brasil), dispute o cargo de governador. Segundo Roma, “Bruno reúne mais condições do que Neto”, apontando que talvez seja mais fácil dialogar com ele do que com o ex-prefeito da capital baiana.
“Bruno, hoje, acredito até que reúne mais condições do que ACM Neto, no sentido de formar um arco de aliança. Não sei se ele estaria disponível ou com interesse de sair da gestão municipal, mas ele conseguiu formar um amplo arco de aliança, talvez além até e com diálogo mais fluido do que o de ACM Neto. Talvez ele reúna mais condições para isso”, pontuou.
O presidente estadual do PL também fez uma projeção do PT em 2026. Segundo ele, as candidaturas petistas têm “peso eleitoral” e, por isso, a melhor estratégia deve ser adotada no pleito estadual.
“O governo do PT terá um palanque muito forte. Jerônimo, atual governador, no que pese a pouca ênfase na gestão, ele tem visitado muito o estado e distribuindo sua simpatia. Isso cria também um peso eleitoral. Vai ter Jaques Wagner para renovar seu mandato, tem Rui Costa que, apesar de sua sanha em estar sempre aumentando impostos, ele tem um nome que tem um recall e não pode ser desprezado aqui no Estado da Bahia, e toda uma estrutura política montada”, concluiu.
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