Rússia abre mão de comandar banco do Brics e defende recondução de Dilma Roussef no NDB
Declaração russa ocorreu durante a Cúpula dos Brics, realizada nesta semana em Kazan, Rússia.
A Rússia manifestou apoio à recondução de Dilma Rousseff para um novo mandato à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o “banco do Brics”. A ex-presidente brasileira está no comando da instituição desde abril de 2023 e seu mandato atual vai até julho de 2025. A declaração russa ocorreu durante a Cúpula dos Brics, realizada nesta semana em Kazan, Rússia.
Durante uma reunião fechada com os chefes de Estado e governo do bloco na quarta-feira (23), o presidente Vladimir Putin endossou o nome de Dilma para continuar à frente do NDB, abrindo mão do direito da Rússia de comandar a instituição nesse ciclo. O NDB, fundado em 2015, tem um sistema de mandatos rotativos de cinco anos, sendo seu primeiro presidente um indiano, seguido pelo diplomata brasileiro Marcos Troyjo, substituído por Dilma em 2023.
A possibilidade de recondução de Dilma ao cargo ganhou força, apesar de a ex-presidente ter mencionado recentemente saudades do Brasil. Em setembro, ela confidenciou a jornalistas que gostaria de passar sua velhice no país, mas tem mantido um alinhamento diplomático próximo à Rússia e à China, o que contribuiu para fortalecer seu prestígio em Moscou, conforme apontam diplomatas presentes na cúpula.
Na agenda bilateral com Putin, Dilma esteve ao lado de líderes importantes do bloco, como o presidente chinês Xi Jinping, demonstrando seu destaque nas relações internacionais. Durante o jantar da cúpula, ela compartilhou a mesa com os presidentes russo e chinês, o que reforça sua posição privilegiada no contexto das negociações multilaterais.
Em sua intervenção durante a plenária aberta da Cúpula dos Brics, Dilma apresentou propostas que visam reduzir a dependência mundial das transações em dólar, que atualmente representam 70% dos negócios globais. Em sua fala, ela criticou o uso excessivo da moeda americana como referência nas transações comerciais internacionais.
Dilma Rousseff deverá continuar à frente do NDB, cuja sede é em Xangai, até o final de seu mandato em 2025, com forte apoio de Rússia e China, reforçando sua posição estratégica no fortalecimento das relações entre os países membros do Brics.
Dilma critica “uso do dólar como arma”
Nesta quarta-feira (23), durante discurso na Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, na Rússia, voltou a criticar o uso do dólar como arma nas transações internacionais para barrar o crescimento de economias emergentes.
Segundo Dilma, os EUA aplicariam sanções a países com o objetivo de isolar empresas do Sul Global, garantindo a competitividade das companhias americanas.
A ex-presidente do Brasil classificou a expansão do grupo como uma das principais prioridades do banco. Segundo ela, “novos membros reforçam o papel do banco como uma plataforma de cooperação entre os países do Sul Global”.
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