Venezuela expulsa representantes diplomáticos que questionaram eleições

Após ser declarado presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro expulsou equipes diplomáticas da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, após os países acusarem de fraude as eleições venezuelanas. Segundo nota divulgada pelo governo, a expulsão tem efeito imediato e ressalta ainda que as acusações atacam diretamente o governo e a soberania da Venezuela. As informações são da CNN Brasil.

A nota afirma que o governo venezuelano rejeita as acusações de um grupo de países com governos de direita e “subordinados a Washington”, com ideais fascistas. “Ante este precedente nefasto que atenta contra nossa soberania nacional, decidimos retirar todo o corpo diplomático de nossas missões na Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, bem como expulsar de imediato seus representantes do território venezuelano”, afirmou Yvan Gil Pinto, ministro das relações exteriores da Venezuela. 

Outros países que também contestaram a legitimidade das eleições foram Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal e Colômbia. O Brasil, entretanto, não se manifestou ainda, ressaltando que está acompanhando o processo de apuração das eleições e espera informações mais detalhadas. 

Entre os países que já reconheceram a vitória de Maduro e o parabenizaram estão a Rússia, a China, o Irã e Cuba. 

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pelas eleições na Venezuela, declarou Nicolás Maduro presidente reeleito com 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González. Este é o terceiro mandato de Maduro, que ficará no poder até 2031, quando ocorrerão novas eleições. 

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