PF prende investigado por atos golpistas de 8 de janeiro que violou tornozeleira eletrônica

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (20) o radialista Roque Saldanha, investigado no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Saldanha foi localizado em Colatina, no Espírito Santo, e levado para exames de corpo de delito. A audiência de custódia está marcada para este sábado (21). As informações são da Agência Brasil.

Saldanha estava foragido após romper tornozeleira

O radialista era considerado foragido desde o mês passado, quando rompeu a tornozeleira eletrônica que estava utilizando, medida cautelar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Antes de fugir de Governador Valadares (MG), onde residia, Saldanha publicou um vídeo nas redes sociais com ofensas direcionadas ao ministro.

STF já condenou 310 pessoas pelos atos de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal já condenou 310 pessoas acusadas de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Os números foram divulgados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no início deste mês de dezembro.

Condenações dos executores dos atos

Segundo a PGR, 229 pessoas foram condenadas como executoras diretas dos atos. As penas variam entre 15 e 17 anos de prisão, sendo os crimes atribuídos aos condenados:

• Associação criminosa armada
• Dano qualificado
• Deterioração de patrimônio tombado
• Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
• Tentativa de golpe de Estado

Condenações por incitação aos atos

Outras 81 pessoas foram condenadas na condição de incitadores. Para esses casos, as penas de 1 ano de prisão foram convertidas em medidas alternativas, como prestação de serviços comunitários e a participação em um curso sobre democracia.

Além disso, os condenados tiveram passaportes retidos, porte de armas revogados e foram condenados a pagar, solidariamente, o valor de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

O levantamento da PGR também revelou que 500 acusados assinaram acordos de não persecução penal, encerrando os processos contra eles. Esses acordos permitiram que pessoas que não participaram diretamente dos atos de depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF confessassem os crimes em troca de sanções alternativas à prisão.