Saiba como as religiões encaram o Natal
Portal M! conversou com três líderes sobre as diferentes culturas no período

Tradicionalmente uma festa cristã, em que é celebrado o nascimento de Jesus Cristo, o Natal é uma das comemorações mais antigas e mais famosas de todo o mundo. Embora seja essencialmente um ritual festivo do Cristianismo, diversas religiões buscam formas diferentes de celebrar a data, enquanto outras nada fazem por se tratar de um dia sem importância em seus calendários.
O Portal M! entrou em contato com três líderes de diferentes religiões – Umbanda, Judaísmo e Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – para que apresentassem a forma com que cada uma celebra as festas de fim de ano.
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Popularmente conhecidos como Mórmons, apesar de não gostarem do apelido, os membros da Igreja de Jesus Cristo repetem as tradições das demais religiões protestantes, em que todos se reúnem em um culto de celebração da data, ouvem a pregação do missionário, entoam cânticos e fazem orações. Além disso, ainda há o momento da ceia de Natal, que geralmente ocorre na casa de cada um dos integrantes da religião, com suas respectivas famílias.
Atuando como uma liderança, Nayguel Costa afirmou que ainda há uma visão bem deturpada do que é a vertente religiosa da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. “Quando me batizei, em 1996, parecia que eu estava entrando em uma sociedade secreta […] Nossa igreja tem algumas diferenças das outras, elas não abrem todos os dias, muito porque nossos missionários não são remunerados, mas aí as pessoas pensam que está acontecendo alguma coisa lá dentro, quando a capela está só fechada”, contou.
Como pedido especial neste Natal e Ano Novo, Nayguel revelou que espera que as pessoas entendam mais a religião e a conheçam, antes de pensar que se trata de uma seita. “É uma religião como outra qualquer, com pessoas normais, que acreditam em Deus e em Jesus”, reforça.
Judaísmo
Para os que seguem a religião judaica, o Natal não é celebrado. Ao invés disso, os judeus comemoram o Hanukkah. A celebração remonta ao ano 160 antes da era comum (a. C.), que marca a guerra vencida pelo povo judeu pela sobrevivência da própria cultura e religião, que, à época, havia sido proibida pelo rei Antioco IV. O nome da celebração, também conhecida como Festa de Luzes, faz a alusão à vitória do bem, a luz, contra a escuridão, o mal.
Uma das principais tradições da religião judaica e um dos principais símbolos da festa é a Menorá, um candelabro de sete braços, que é aceso como parte da tradição. Mauro Brachmans, diretor da sinagoga da Sociedade Israelita da Bahia (SIB), revelou que, quando a primeira menorá foi acesa, ela ficou cerca de oito dias sem se apagar, o que os judeus acreditaram ser um milagre.
Brachmans revelou que hoje, a tradição do acendimento das velas é feito com a hanukiah, um candelabro de nove braços, onde oito deles representam um dia de celebração da Festa de Luzes, enquanto o nono fica com a vela que acende as demais.
Para os judeus, Jesus Cristo não é o messias. Por isso, não faria sentido celebrar uma data que, para eles, é só mais um dia no calendário. Por coincidência, o primeiro dia da celebração do Hanukkah deste ano acontecerá em 25 de dezembro.
Brachmans revelou que o calendário judaico é lunissolar, ou seja, acompanha as fases da lua. Por isso, as celebrações da religião acontecem em dias diferentes, não havendo uma data específica.
Umbanda
Para os umbandistas, as celebrações natalinas se mesclam com as tradições cristãs, com a celebração feita dentro dos terreiros, com todos os filhos da casa reunidos para uma ceia preparada por todos, com comidas da cultura umbandista. Segundo pai Cícero, fundador do Centro de Umbanda Cultural Oficina Mediúnca (Cucom), as tradições da umbanda no Natal são destinadas à reunião para agradecer as conquistas do último ano e promover a paz e o amor.
“Nós reconhecemos essa figura cristã. Então, a gente, como umbandista, nós trazemos amor, trazemos a paz, a caridade, porque o umbandista tem muito das pessoas cristãs”, disse.
Pai Cícero destacou ainda que, para a umbanda, Jesus é visto como o orixá Oxalá, o líder de todas as outras divindades, e que nessa época do ano é proibido pensar em coisas ruins e negativas, buscando sempre a prosperidade, fazendo oferendas aos orixás, especialmente a Exu, orixá ligado a à vitalidade, à força e à proteção.
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