Militares indiciados por trama golpista receberam R$ 2,2 milhões em indenizações
Valores pagos superam o teto constitucional, e só foram permitidos graças a mudanças na reforma previdenciária, promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Sete militares de alta patente das Forças Armadas receberam indenizações que ultrapassaram R$ 2,2 milhões, segundo o que informou o Portal da Transparência. Os pagamentos foram feitos durante ou logo após as transições dos oficiais para a reserva. Todos os sete militares que receberam os pagamentos são os mesmos que estão sendo acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado, em 2022, segundo inquérito da Polícia Federal (PF).
Os valores pagos superam o teto constitucional, e só foram permitidos graças a mudanças na reforma previdenciária, juntamente com uma série de decisões em benefício de militares e servidores de segurança pública, desenvolvidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante sua gestão, entre 2019 e 2022.
Atualmente, o ex-presidente está na lista dos indiciados pela trama golpista que planejou a morte do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com o vice-presidente, Gerald Alckimin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas também foram indiciadas, entre os quais estão militares e apoiadores políticos.
Valores da indenização
O comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter), general Estevam Theophilo Gaspar, lidera a lista, tendo recebido os maiores valores. Em novembro de 2023, ele foi para a reserva, tendo recebido R$ 381,4 mil em indenizações. Ante disso, em 2022, ele já havia recebido R$ 13,4 mil, além de um salário bruto de R$ 36 mil.
Em seguida aparece o coronel Cleverson Ney Magalhães, que entre 2020 e 2023 recebeu R$ 312 mil em indenizações. Também em 2023, o militar entrou na reserva em novembro com uma indenização estimada em R$ 288 mil como parte desse processo.
Segundo a investigação da PF sobre a trama golpista, Theophilo Gaspar está sendo acusado de colocar tropas à disposição do então presidente Jair Bolsonaro, como parte dos planos do golpe. Já Magalhães participou de reuniões para pressionar comandantes para aderirem ao golpe.
Quem também aparece na lista de ganhos exorbitantes é o ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, general da reserva Mário Fernandes, tendo recebido R$ 262,4 mil em indenizações em agosto de 2020. Já em junho de 2021, ele recebeu mais R$ 159,5 mil, além de vencimentos de R$ 29,3 mil e gratificação natalina de R$ 14,6 mil.
O general Walter Braga Netto, que atuou como ministro da Casa Civil entre 2020 e 2021, e ministro da Defesa de 2021 a 2022, recebeu um total de R$ 313,4 mil em indenizações em 2020, apenas três meses após ir para a reserva. Os ganhos totais de Braga Netto chegaram a ultrapassaram R$ 1,1 milhão.
O Almirante Garnier, da Marinha, aparece com ganhos de R$ 265,1 mil em indenizações em maio de 2021, além de R$ 99,4 mil referentes a férias no mesmo mês. Segundo a PF, Garnier também concordou com a trama de golpe e colocou as tropas à disposição do ex-presidente.
O coronel Carlos Giovani Delevati Pasini e o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, que também exerceu a função de ministro da Defesa no governo Bolsonaro, também aparecem na lista. Delevati recebeu R$ 222,6 mil em indenizações, além de que, entre janeiro de 2021 e maio de 2022, ele já havia recebido R$ 22,7 mil em indenizações adicionais. Já Nogueira recebeu em abril de 2021, quatro meses após ir para a reserva, recebeu R$ 216 mil em indenizações.
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