O governador Jerônimo Rodrigues (PT) pontuou os detalhes para a viabilização da ponte Salvador-Itaparica. Em entrevista ao Portal M!, nesta terça-feira (18), o governador da Bahia garantiu que vai tomar as decisões corretas e prometeu coragem para a efetivação da obra.
“Estamos equilibrando a conversa para ver o que a gente do Estado pode fazer. Antes de qualquer iniciativa, consultarei o TCE, não farei nada descoberto. Mas, terei coragem, isso vocês podem ter certeza. Terei coragem de tomar a decisão que for preciso para que a gente possa fazer acontecer a ponte”, afirmou o governador.
Segundo Jerônimo, o consórcio já começou a análise da ponte fazendo o estudo em águas rasas, médias e profundas. Por outro lado, ele se diz inquieto com o ritmo lento das atividades.
“Fico contente com essas ações, mas fico inquieto pelo ritmo. Sei que é necessário fazer sondagem para fazer o projeto executivo e assim começarem as obras. Mas, nessa última ida do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Rui Costa até a China, eu solicitei que eles pudessem fazer um apelo ao governo chinês para que nos ajudasse”, declarou.
Atraso
Para o governador da Bahia, algo que atrasou a construção, foi a chegada da Covid-19. A pandemia atrapalhou os planos da gestão e fizeram com que o projeto ficasse mais caro com o passar dos anos. Por isso, as negociações com os chineses seguem em andamento e devem ser anunciadas após o São João.
“Tivemos um prejuízo muito grande com a pandemia. Foi orçado um valor, a pandemia segurou a obra e, naturalmente, exige-se uma conta para recompor o valor e mexer no contrato. É isso que nós estamos fazendo. Os chineses estão solicitando que a gente possa rever o valor e nós estamos dispostos a ver isso, porque se houver um distrato, a demora é maior, o prejuízo é maior, então nós estamos”, disse Jerônimo.
O governador também destacou o fato de ser uma construção cara, atualmente orçada em R$ 13 bilhões. O prazo previsto para o início da obra foi no ano de 2021, custando R$ 5,4 bilhões, mas precisou ser adiada em decorrência da pandemia.
A ponte Salvador-Itaparica acontece por meio de uma parceria público-privada (PPP) entre o Governo do Estado e o consórcio responsável pela obra. Durante o processo de sondagem, a gestão já gastou cerca de R$ 316 milhões em contrapartidas e serviços de assessoria.
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