Gleisi Hoffmann critica mercado financeiro e defende revisão de subsídios para conter inflação
Presidente do PT questiona pacote de cortes e sugere atuação do BC no câmbio como alternativa para enfrentar inflação e alta do dólar
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, fez uma série de críticas direcionadas ao mercado financeiro, enquanto o governo discute um pacote de corte de gastos. Segundo Hoffmann, em declarações dadas nesta sexta-feira (8), a inflação não é combatida “cortando benefícios do povo” para “pagar a conta”. A deputada pediu ainda que o Banco Central faças intervenções de câmbio.
“Está errada essa ciranda e o presidente Lula tem toda razão em criticar e agir com cautela e responsabilidade diante de toda essa pressão. Foi eleito pelo povo e não pelo mercado”, contou a petista em uma postagem feitas nas redes sociais.
Ainda na postagem, Gleisi questionou: “O mercado está assanhado com o aumento do IPCA e dá-lhe pregar que precisa fazer urgente um pacote de cortes no orçamento do governo para conter a inflação, se não acontecerá o que aconteceu nos EUA, onde a inflação teria dado a vitória ao Trump Será isso mesmo? Do que decorre nossa inflação?”.
A presidente do PT continuou dizendo que a inflação brasileira não é de demanda, destacando que o ‘maior vilão’ é a crise climática que provoca a alta do dólar. “Não é aumentando os juros e cortando benefícios do povo para pagar essa conta que vamos conter inflação. O mais urgente é o BC atuar no mercado de câmbio, o que ele pode e tem a obrigação de fazer”, afirmou Horffmann.
A deputada deu como solução a necessidade de rever os subsídios e desonerações fiscais e começar a reduzir a taxa Selic. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou os juros em 0,50 ponto porcentual, de 10,75% para 11,25% ao ano, em uma decisão unanime, que contou como voto de Gabriel Galípolo, próximo presidente da autoridade monetária por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Sem falar de despesas do Judiciário e do Legislativo. Não é justo nem certo o povo pagar novamente a conta pela crise climática que já o castigou”, concluiu Gleisi Horffmann.
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