O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), levantou um alerta sobre o déficit de R$ 2,5 bilhões nas contas do Estado, conforme apurado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA). O parlamentar destacou que o resultado do orçamento de 2023 revela falhas na gestão fiscal do governo estadual.

Em sua análise, Sanches apontou que a situação financeira do Estado justifica o alto número de empréstimos solicitados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) entre 2023 e 2024.

“Agora está explicado porque o governador pediu tantos empréstimos. As contas estão no vermelho e o governo não consegue mais caminhar com as próprias pernas”, afirmou o deputado.

Deputado critica ausência de medidas emergenciais

O deputado criticou também a falta de medidas emergenciais para conter o prejuízo. “A gente não viu nenhuma grande intervenção ou medida emergencial que pudesse justificar um prejuízo desse tamanho logo no primeiro ano de gestão”, disse.

Sanches também destacou a ausência de novos projetos ou ações do governo estadual, mencionando que a gestão atual ainda depende de iniciativas da administração anterior. “Até hoje o governo não tem marca nem projetos próprios, vive do que ficou do governo anterior”, complementou.

Sanches diz que parcerias com o governo federal não foram suficientes

Outro ponto destacado por Alan Sanches foi a ineficácia das parcerias com o governo federal, liderado pelo PT, no enfrentamento da crise fiscal do Estado.

“Nem mesmo a tal parceria com o governo federal, que é controlado pelo PT, livrou a Bahia desse rombo bilionário”, finalizou o deputado.

TCE-BA aponta défcit bilionário

O governo da Bahia, sob a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), fechou suas contas em 2023 com um déficit de R$ 2,5 bilhões, conforme o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA). Esse resultado, que não era registrado desde 2018, revela uma disparidade entre receitas e despesas, com o governo arrecadando R$ 71,5 bilhões e gastando R$ 74 bilhões, gerando um prejuízo considerável aos cofres estaduais.

O relatório, assinado pelo Conselheiro Antônio Honorato, também destacou inconsistências no cálculo apresentado pelo governo para apuração da despesa total com pessoal. Foi identificado que gastos relacionados a esses custos não foram corretamente computados, levantando questionamentos sobre a transparência das contas públicas do Estado.

Além disso, o documento revelou que Jerônimo Rodrigues destinou R$ 1,1 bilhão para a terceirização de profissionais de saúde, que atuam nas unidades da rede pública estadual. O valor, significativo, reforça as preocupações com a gestão financeira do governo da Bahia durante o ano de 2023.