Dia histórico: após 25 anos, Mercosul e União Europeia firmam acordo de livre comércio
Anúncio foi feito durante Cúpula de Presidentes do Mercosul, realizada em Montevidéu, no Uruguai
O Mercosul e a União Europeia (UE) anunciaram, nesta sexta-feira (6), o fechamento de um acordo comercial histórico, concluindo 25 anos de negociações. O anúncio foi feito durante a Cúpula de Presidentes do Mercosul, realizada em Montevidéu, no Uruguai, com a presença do presidente uruguaio Luis Alberto Lacalle Pou e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Após a declaração, eles tiraram a foto oficial com os presidentes Lula (Brasil), Santiago Peña (Paraguai) e Javier Milei (Argentina).
Von der Leyen destacou a importância do acordo e o classificou como uma aliança estratégica e essencial. “Hoje, em Montevidéu, estamos tornando essa visão numa realidade. Estamos fortalecendo essa aliança única como nunca antes. E, fazendo isso, estamos enviando uma mensagem clara e poderosa para o mundo. (…) Este acordo não é apenas uma oportunidade econômica, é uma necessidade política”, afirmou.
Lacalle Pou reforçou o caráter transformador do tratado, apontando que ele representa uma oportunidade que dependerá do empenho de cada país para maximizar seus benefícios. “Um acordo político não é uma solução, não existem soluções mágicas. É uma oportunidade e cabe a cada um de nós determinar a velocidade que podemos dar a esse acordo”.
Principais pontos do acordo
A representante da União Europeia enfatizou três pilares fundamentais do tratado:
- Fortalecimento da democracia: O acordo reforça os laços políticos entre os blocos, promovendo valores democráticos.
- Melhorias econômicas: Espera-se um aumento significativo no comércio e nos investimentos entre os países-membros, estimulando o crescimento econômico.
- Compartilhamento de valores e cadeias de valor: A parceria pretende criar um mercado integrado de mais de 700 milhões de consumidores, fortalecendo indústrias estratégicas e gerando empregos nos dois lados do Atlântico.
Desafios históricos superados
As negociações para o acordo começaram há 25 anos e enfrentaram inúmeras barreiras, com avanços notáveis em 2019, quando um “acordo político” foi firmado. Contudo, questões ambientais levantadas por países europeus, principalmente a França, retardaram o progresso.
O acordo ganhou novo ímpeto recentemente, com esforços diplomáticos liderados pelos países do Mercosul, incluindo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, e o apoio de lideranças europeias para superar as divergências.
Impactos esperados
O tratado deve abrir novas oportunidades de exportação para os países do Mercosul, especialmente em setores como agricultura, manufaturas e energia renovável. Para a União Europeia, o acesso aos mercados sul-americanos permitirá maior competitividade e diversificação de suas cadeias de fornecimento.
Von der Leyen comemorou o fortalecimento das cadeias de valor e destacou o potencial da parceria para criar empregos e promover inovações industriais. “A União Europeia e o Mercosul criaram uma das alianças de comércio e investimento maiores que o mundo tenha visto. Estamos derrubando barreiras e estamos permitindo que entrem os investimentos. Estamos formando um mercado de mais de 700 milhões de consumidores. E essa aliança vai fortalecer as cadeias de valor, vai desenvolver indústrias estratégicas, vai apoiar a renovação e vai criar trabalhos e valores para ambos lados do Atlântico”, declarou Ursula.
Próximos passos
Embora o acordo represente um marco, ele ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos de cada país membro do Mercosul e da União Europeia, um processo que pode enfrentar desafios políticos e técnicos. O anúncio marca uma nova era nas relações entre os blocos e reafirma o compromisso com o multilateralismo e a integração global.
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