Kleber Rosa comenta resultado das eleições e diz que 2º lugar foi ‘grandioso’

O candidato do PSOL à prefeitura de Kleber Rosa reconheceu como “grandioso”, neste domingo (6), o segundo lugar nas eleições municipais. Em entrevista ao Portal M!, ele ressaltou que o resultado mostra a “responsabilidade” que terá com a cidade de agora em diante. O psolista enfatizou ainda, que a votação foi um “recado”, de que o caminho “é pela esquerda”.

“Mostra que o nosso povo entendeu e deu um recado, que o caminho é pela esquerda, que não topa esvaziar nossa pauta de mudança social, de inclusão social, de geração de emprego e renda, de enfrentamento ao racismo, ao fascismo, de enfrentamento à intolerância religiosa, à homofobia, a todas as formas de opressões, mostrou que o caminho é por essa luta. Então eu recebo essa votação, essa localização que a população nos deu, dessa forma, como recado. E, por outro lado, com a grande responsabilidade que nós temos de agora em diante pra continuar construindo esse projeto de forma coletiva”, disse o psolista ao chegar na sede do partido no bairro do Rio Vermelho.

Kleber também agradeceu pelos votos recebidos, e se disse “digno” de ter se mantido “coerente no debate político”. O canditato ressaltou que não promoveu ataques no “âmbito pessoal” aos seus adversários.

“O fetiche para atacar as pessoas no âmbito pessoal, para fazer da campanha um denuncismo. Eu não quis denunciar, eu não quis atacar, eu quis fazer o debate político e a nossa população ouviu. Então, para aqueles que dizem que negro não vota em negro, esqueça, nossa população se viu, enxergou, acreditou e veio e nós não vamos mais recuar. Daqui é sempre um passo à frente até que a gente governe a nossa cidade e faça justiça para o nosso povo”.

Ao Portal M!, Kleber também falou sobre o desafio de se “materializar como construção de estratégia política”. Ele destacou o desejo de manter a base unida, em prol de um “projeto de esquerda”.

“Para nós, é fundamental que a gente mantenha todo mundo perto, para romper com a lógica de esvaziamento de um projeto popular, de um projeto de esquerda, que se dá por uma lógica de governismo e retomar um projeto verdadeiramente popular. O que nós mostramos é que dá para reconstruir pela esquerda. Esse é o recado que as urnas nos dão, esse é o recado que a urna dá para todo mundo, é pela esquerda que a gente pode e deve continuar seguindo”.

O psolista também evitou falar sobre o resultado ser uma “resposta” ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, é necessário que o gestor opine sobre o resultado, mas a escolha do grupo político foi “legítima”.

“Eu acho que o governador tem os méritos dele. Eu acho que o grupo escolheu o candidato que estava no campo deles. Nesse momento, não cabe eu avaliar, eu acho que eles têm que avaliar e antes mesmo que a gente opine. Eu acho que é importante que o próprio governador opine, é legítimo eles fazerem a escolha deles. Nós não estávamos no campo do governador, a gente estava fora do governo. Mantivemos a nossa coerência e conseguimos atrair setores do próprio governo, de alguns partidos [da base aliada] que não estavam satisfeitos com a escolha”.

Confira a entrevista:

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