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Guerreiro enaltece importância do 2 de Julho: ‘Festa cívica, religiosa e pagã simultaneamente’

Presidente da FGM destaca remontagem do espetáculo ‘Aos pés do caboclo’, que acontece neste sábado e domingo, no Campo Grande

O presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro, enalteceu, na manhã desta sexta-feira (28), a importância do 2 de Julho, que neste ano comemora 202 anos da Independência do Brasil na Bahia. Em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o diretor teatral falou sobre a programação cívica e cultural preparada pela Prefeitura de Salvador, que iniciará neste sábado (29) e acontece até o próximo dia 5 de julho.   

“É uma festa, para mim, muito querida, porque eu vou desde a infância. Eu acho que é uma festa que tem características que nenhuma outra tem, uma delas é que é uma festa cívica, religiosa e pagã simultaneamente. Isso não tem, não existe em lugar nenhum. Uma data histórica, ao mesmo tempo você tem a figura do Caboclo ligado às religiões, principalmente a umbanda. E você tem toda a parte profana, da diversão, e aí você vem com a fanfarras, as filarmônicas. É uma festa que tem uma fisionomia muito própria, que tem marcas muito próprias”, disse.

Segundo Guerreiro, a festa do 2 de Julho “mistura fé com civilidade”. “Porque aí vem a política, que eu, inclusive, acho que já faz parte da festa. Eu não tenho o menor problema com isso, porque as pessoas que dizem: ‘ah, o 2 de junho está sendo desvirtuado’, desvirtuado nada. A política faz parte do nosso dia-a-dia, e é ótimo que ela esteja na festa”, pontuou ao Portal M!.

Além do teste de popularidade de políticos em um ano eleitoral, o presidente da FGM afirmou que há dois grandes destaques na programação cultural desenvolvida pela prefeitura. Uma delas é a remontagem do espetáculo Aos pés do caboclo, pelo Balé Folclórico da Bahia, que acontece neste sábado (29) e domingo (30), a partir das 19h, no Campo Grande.

“Primeiro, estamos fazendo uma homenagem a Lia Robatto [coreógrafa]. O Balé Folclórico está remontando Aos pés do caboclo, que foi um espetáculo, por incrível que pareça, [que] me fez decidir fazer teatro. Ele aconteceu em 1977, no mês em que eu entrei no primeiro curso de teatro da vida. Então, esse ano, eu chamei Vavá [Botelho, fundador da companha] e falei, vamos remontar isso aí, tem tudo a ver com o 2 de julho. E aí o Balé topou, já está acompanhando o processo, coreografia de Zebrinha e mais de 200 artistas vão estar no Campo Grande”.

Segundo ele, o espetáculo vai ter “uma performance imensa”, com iluminação de mais de mil refletores. “Vai ser realmente uma coisa muito bonita que vai ocupar o chão, inclusive, porque a ideia não é palco. O espetáculo acontece num tablado, literalmente, aos pés do Caboclo, e o monumento é um cenário, eles dançam no monumento”.

De acordo com Guerreiro, outro destaque será a programação de shows em Salvador. Na segunda-feira (1º), quando os fogos simbólicos se encontram na capital baiana, um show especial do Cortejo Afro vai ocorrer, a partir das 17h, no Largo de Pirajá. No mesmo dia, a partir das 18h, ocorre a Ultramaratona da Independência, com 12 horas de prova, saindo da orla da Boca do Rio.

Já na terça-feira (2), além do desfile cívico, também será realizado, a partir das 17h30, o 33º Encontro de Filarmônicas, no Campo Grande. Passado o 2 de Julho, a programação cultural segue, no mesmo local, com shows até a próxima sexta-feira (5). Vão se apresentar no palco montado na praça os cantores Jerônimo e Banda Mont Serrat e Mariene de Castro, além do Coral da Cidade do Salvador e do Baile da Independência com a Orquestra do Maestro Fred Dantas e convidados.

“O 2 de Julho tem uma marca muito forte, então temos Mariene, show de Gerônimo que já é tradição com o baile da independência de Fred Dantas e também tem o encontro de filarmônicas”, ressaltou ao Portal M!.

Volta do Caboclo

Fernando Guerreiro também destacou outro ponto alto das festividades, que é a volta do Caboclo na sexta, às 18h30. Segundo ele, o percurso entre o Campo Grande à Lapinha é feito em três horas e meia.

“Essas coisas de Salvador que são inexplicáveis. Tem uma epopeia pro Caboclo entrar, o Caboclo volta pra casa, as pessoas não querem deixar ele entrar, incorporam. É muito bom, é divertido, porque vai numa velocidade absurda, então você vai dançando e andando pela rua, rápido, nem percebe. O Caboclo fica no Campo Grande, do dia 2 até o dia 5 e volta pra casa”, contou.

Concursos

Como já é uma tradição do 2 de Julho, o concurso da fachada das casas também será realizado neste ano. Como em 2023, a apresentação das balizas também será premiada. O desfile sai da Câmara Municipal de Salvador (CMS), na terça-feira (2), por volta das 14h, em direção à Avenida Sete.

“Desde o ano passado, nós percebemos uma grande aglomeração LGBTQIAP+ na Mercês, à tarde. As balizas são trans, então eles se reúnem na Mercês para ver o show das balizas. Aí, eu criei um concurso para escolher a melhor baliza. É divertidíssimo, já fizeram um documentário sobre isso”, completou Guerreiro ao Portal M!.

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