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Sindguarda diz que Transalvador excluiu mais de 700 guardadores de chamamento público

Sindguarda alega que Transalvador excluiu mais de 700 guardadores de chamamento público
Transalvador afirma que aguarda a inscrição do sindicato

O presidente do Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos Automotores do Estado da Bahia (Sindguarda), Juarez da Conceição, participou, nesta quarta-feira (24), de uma audiência de mediação no Ministério Público para incluir os mais de 700 guardadores credenciados no chamamento público para a zona azul divulgado pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador).

Segundo Juarez, o chamamento público vem sendo renovado durante anos e os guardadores registrados no sindicato sempre foram englobados. Desta vez, o processo foi divulgado com alterações, excluindo os mais de 700 credenciados e dando oportunidade para pessoas “da parte deles”.

De acordo com ele, todo o caso já foi protocolado com superintendentes da Transalvador com a intenção de buscar resolver a situação, mas o órgão continuou em negativa, sem dar satisfação.

Mediação

Por conta disso, o sindicato solicitou uma audiência de mediação, que ocorreu nesta quarta-feira (24), às 10h, no Ministério Público. Porém, o procurador não convidou a Transalvador e a audiência acabou sem resolução.

Uma pequena manifestação, com cerca de 10% dos credenciados do sindicato, foi realizada em frente ao Ministério Público do Trabalho, no Corredor da Vitória, para chamar a atenção da imprensa para o caso.

“Se o sindicado hoje fosse fazer uma manifestação com todos os seus associados, travava a cidade. A gente poderia fechar o comércio, poderia fechar a Avenida Sete, poderia fechar Itaigara, várias outras partes da cidade. A gente não quer chegar a esse ponto. A gente quer apenas ser reconhecido dentro do chamamento público, que é um direito nosso, que é exigir a função de guardador, a gente não tá pedindo mais nada do que isso”, alerta Juarez.

Juarez ainda relata que esse direito está sendo negado pela Prefeitura de Salvador através da Transalvador e do superintendente Décio Martins. Segundo ele, a preocupação principal é com as famílias daqueles que estão sendo excluídos do trabalho sem aviso prévio.

“Só queremos isso, manter os pais e mães de família nos seus locais de trabalho. São pessoas de idade que têm mais de 30 anos em Zona Azul. Tem pessoas com 55 anos, 60, nem está na época de se aposentar, nem de conseguir outros meios. Para onde vai essa mão de obra? Essas pessoas vão voltar para a marginalização?”, questiona Juarez.

“Em lugares que não tiver o guardador de carro, vai ter o flanelinha lá. Aí você vai ser obrigado a pagar pelo aplicativo e ainda pagar ao flanelinha. Por que se não ele pode te ameaçar, arranhar seu carro ou quebrar seu retrovisor. Se não tiver guardador é um transtorno para a cidade”, afirma.

O novo chamamento público entra em vigor em setembro. O Sindguarda espera que, até lá, o superintendente baixe uma portaria incluindo os guardadores credenciados.

Transalvador

A Transalvador emitiu uma nota sobre o caso informando que priorizou a continuação do trabalho realizado pelos operadores de zona azul, inclusive para atendimento presencial.

Leia a nota completa:

“Desde que foi implantado o sistema de zona azul digital na cidade, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) priorizou a continuação do trabalho realizado pelos operadores de zona azul, inclusive para atendimento presencial, como é o caso do Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos Automotores do Estado da Bahia (Sindguarda), entidade a qual os operadores estão diretamente ligados. Neste caso, é concedido um desconto de 50% para a aquisição de créditos para revenda, enquanto as empresas de aplicativo possuem 40%. Destaca-se que, por força legal, os contratos anteriormente firmados estão próximos ao vencimento, sendo lançado novo chamamento público com os mesmos termos, que aguarda a inscrição do Sindguarda.”

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Bruno Concha/Secom